HEMODIÁLISE: Médico de Imperatriz testemunha descaso do secretario de saúde de Açailândia

“O que mais me deixa triste é saber que mesmo cego, fui às ruas pedir voto para o 45 – Ildemar”, desabafa um paciente.

* Por Wilton Lima

Açailândia – O nefrologista Antonio Alberto C. de Brito enviou ofício ao secretário municipal de saúde, o dentista Juliano Roudi, solicitando em caráter de urgência uma solução para os problemas pelo qual estão passando os pacientes açailandenses acometidos de doenças renais.

Hoje pelo menos 30 usuários dos SUS de Açailândia realizam terapia renal substitutiva na clínica de doenças renais e clínica de nefrologia de Imperatriz. A responsabilidade do prefeito Ildemar Gonçalves para realização desse tratamento seria única e simplesmente o de levar e trazer esses pacientes – o tratamento é desumano.

Até o ano passado existiam duas Vans que transportavam esses usuários para a cidade de Imperatriz, no entanto, nos últimos meses o martírio vivido por estas pessoas que já sofrem sobremaneira com a doença é de cortar o coração de qualquer ser humano, há exceção do prefeito Ildemar.

O caso foi denunciado pelo vereador Juscelino Oliveira (PP) na Tribuna da Câmara Municipal de Açailândia e “O Laranja, Juliano Roudi” buscou resolver o problema, mas como o secretário não manda em nada, pois tudo precisa passar pela esposa do irmão do prefeito Celeste Rodovalho, apenas foi feita uma “gambiarra” e o carro já quebrou de novo.

Martírio dos Pacientes

Segundo o médico nefrologista de Imperatriz e um dos pacientes identificado por Albano Costa Mota que é deficiente visual, o tratamento está sendo comprometido pela falta de compromisso do secretário de saúde, pois os horários não estão sendo obedecidos e são constantes os atrasos nas sessões de hemodiálise. E para piorar, desumanamente, os pacientes são obrigados a esperarem por mais de três horas, do lado de fora da clínica, sentados em uma calçada, até chegar bendita Van que os levam de volta pra casa. “Algumas vezes quando a Van chega, já está tudo escuro”, declara um paciente.

Desabafo do paciente Albano Costa Mota (Deficiente Visual)

“O que mais me deixa triste é saber que mesmo cego, fui às ruas pedir voto para o 45 – Ildemar”. “E olha que até briguei com uma juíza que não queria me deixar estar acompanhado da minha esposa que enxerga para poder votar nele [Ildemar]”. “Mesmo assim fui tateando nas mesas e cadeiras até chegar a urna eletrônica”. “Não sei se consegui votar no 45, mas a vontade que estava no meu coração foi estabelecida”.