segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Entre Dilma e Serra, Marina e o PV ficam com o muro

Se você é movido a convicções, só lhe restam duas alternativas: Lute por seus princípios. Ou entre para um partido político.

Repare o caso de Marina ’20 milhões de votos’ Silva. A teceira colocação no primeiro turno presenteou-a com uma bifurcação.

De um lado, o tucanato. Do outro, o petismo. Pois bem. Entre Dilma Rousseff e José Serra, Marina preferiu o muro.

Reunido em convenção, neste domingo (17), o PV acompanhou a candidata. Havia no recinto 92 votos. Mas a deliberação veio por votação simbólica.

O jogo estava jogado desde o meio da semana passada. Marina, a propósito já trazia consigo uma “carta aberta” a Dilma e Serra.

No texto, Marina anota que PT e PSDB são protagonistas de uma "dualidade destrutiva". Pregam a "mútua aniquilação".

"A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz", escreveu.

O PV liberou seus filiados. Fernando Gabeira, por exemplo, vai de Serra. Zeguinha Sarney, de Dilma.

Neutralidade? Marina prefere usar outro vocábulo: "O fato de [o PV] não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade...”

“...Essa independência é a melhor maneira de contribuir com o povo brasileiro".

Segundo o último Datafolha, divulgado na véspera, 51% dos eleitores de Marina pendem para Serra no segundo turno. Outros 23% flertam com Dilma.

Para 55% do eleitorado de Marina, a posição da candidata seria indiferente. Apenas 25% admitiram levar em contra a opinião dela.

Ou seja: Ao não escolher nenhum dos caminhos da bifurcação, Marina conciliou sua vontade pessoal com a indiferença da maioria dos donos dos votos dados a ela.

Se tomasse um dos dois caminhos da bifurcação, Marina corria o risco de trombar com um naco de seu eleitorado. Preferiu assumir o risco de ser atropelada como uma transeunte independente.

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