Segundo o TCE, em casos de portais da transparência
irregulares estão proibidos convênios para receber recursos federais. Apenas
São Luís, Açailândia, Arari e Lago dos
Rodrigues apresentam frequência em regularidade de Transparência, de acordo com
as últimas 5 avaliações feitas de setembro a novembro.
A
partir de agora, prefeituras e câmaras municipais não poderão fazer convênios
para receber recursos federais se não estiverem com os portais da transparência
em situação regular. Os portais são páginas na internet onde os gestores
registram tudo o que foi feito com o dinheiro público recebido pelas
prefeituras, câmaras e assembleias legislativas.
No
Maranhão, apenas 4 municípios e 18 câmaras de vereadores seguem os critérios
regularmente, segundo as avaliações do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No
último dia 20 de novembro, o
prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra, foi acionado pelo Ministério
Público do Maranhão por improbidade administrativa pelo descumprimento
da Lei de Acesso à Informação e por não possuir Portal da Transparência
adequado à exigência legal.
A
assessoria de comunicação do prefeito Domingos Dutra informou que estão sendo
tomadas todas as providências para que o Portal atenda às exigências da Lei de
Acesso à Informação.
As
avaliações trimestrais do TCE começaram em setembro de 2016. As checagens são
realizadas por auditores fiscais que verificam se os portais da transparência
de órgãos dos poderes executivo, legislativo e judiciário no Maranhão seguem os
critérios estabelecidos pelo tribunal.
Na
última avaliação realizada em outubro deste ano, o TCE identificou que apenas
58 dos 17 municípios maranhenses estão com situação regular no portal da
transparência. Porém, apenas São Luís, Açailândia, Arari e Lago dos
Rodrigues apresentam frequência nessa regularidade, de acordo com as últimas 5
avaliações feitas de setembro a novembro.
Os
gráficos do TCE mostram oscilações nas atualizações dos portais. Segundo Bruno
Almeida, secretário de Controle Externo do TCE, na maioria das vezes as
atualizações são feitas em períodos específicos do ano, como próximo às festas
juninas, de fim de ano e de carnaval.
“Como
há uma vedação ao município receber convênios, nas épocas de dezembro e junho,
quando tem festividades, a gente acredita que os prefeitos se comprometem mais
com a transparência e colocam no ar os dados da transparência. Quando não, cai
novamente. Infelizmente, parece que eles só fazem quando há algum interesse”,
confirma o secretário.
No
legislativo estadual, a Assembleia Legislativa do Maranhão não atendeu aos
critérios e está irregular. No âmbito municipal, de todas as 217 câmaras
municipais no Maranhão, apenas 18 estão regulares. Nem mesmo o legislativo de
São Luís - com maior número de vereadores e servidores - está regular.
O
TCE nem chegou a localizar o site da câmara de São Luís. Segundo Bruno Almeida,
não atualizar o portal significa retirar direitos, sendo que as câmaras não
comprometidas com os critérios poderão ser julgadas pelo Tribunal de Contas.
“A
sociedade é um auditor social. Então quando um prefeito ou o presidente da
câmara tolhe esse direito da sociedade, ele está tolhendo uma fiscalização
eficaz e querendo esconder uma coisa que ninguém sabe o quê”, declarou.
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