No Maranhão medalhões como SARNEY FILHO e EDISON LOBÃO, ficam agora sem mandato eletivo. O Presidente Eunício Oliveira e nomes que integravam a cúpula também estão fora da próxima legislatura
Maria Lima e André de Souza
Os novatos vão dominar o Senado na próxima legislatura. Contrariando as pesquisas de intenção de votos, a eleição para renovação do mandato de 54 senadores, marcada pela Operação Lava-Jato, retirou da Casa grandes medalhões dos partidos tradicionais que tentaram se reeleger, incluindo o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB-CE). Rostos como Leila do Vôlei (PSB-DF), Capitão Styvenson (Rede-RN), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) vão dar lugar aos de caciques banidos pelas urnas.
Saíram derrotados nomes que integravam a cúpula do Senado, como o ex-presidente do MDB Valdir Raupp (RO); o vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PB); o ex-vice-presidente da Casa Jorge Viana (PT-AC); o líder do PT Lindbergh Farias (RJ); Magno Malta (PR-ES), braço direito e quase vice de Jair Bolsonaro; o ex-presidente do Senado Edison Lobão (MDB) e João Alberto (MDB), do grupo de José Sarney no Maranhão; assim como o ex-governador do Paraná Roberto Requião (MDB) que tinha o apoio do PT no Paraná; o ex-líder do PSDB Paulo Bauer (SC) e Cristovam Buarque (PPS-DF), candidato derrotado à Presidência da República em 2006.
Outra surpresa foi a boa performance dos candidatos ao Senado da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, cuja bancada crescerá de um para cinco senadores e deverá ter uma forte atuação de oposição no Senado. Se antes a única certeza era a reeleição de Randolfe Rodrigues (AP), a Rede também conseguiu a eleição de Fabiano Contarato (ES), Alessandro Vieira (SE), Capitão Styvenson (RN), e a volta do ex-senador Flávio Arns (PR), que ocupa a vaga quase garantida de Roberto Requião (MDB).
Dos caciques da velha política, um dos sobreviventes é o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que brigará para presidir o Senado novamente. Desgastados pela Lava-jato, o ex-presidente do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG) e a presidente do PT, Gleisi Hoffman (PT-PR), buscaram mandatos na Câmara Federal.
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