O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, divulgou hoje que um teste in vitro (ou seja, realizado fora de seres vivos) apontou eficácia de 94% para um remédio, cujo nome não foi divulgado, contra a covid-19.
A pesquisa está em andamento no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais em Campinas (SP).
Mas especialistas consultados pelo UOL afirmam que há uma grande diferença entre resultados em laboratório e em humanos e que o anúncio do governo é precipitado e um "desserviço".
"Os cientistas fazem centenas, pra não dizer milhares, de testes in vitro. Quase sempre todos são muito bem-sucedidos"
A declaração é de José David Urbaéz Brito, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, que afirma que testes in vitro são muito preliminares e é errado anunciá-los como possibilidade de cura para a covid-19 — que já matou ao menos 1.736 e infectou 28 mil pessoas no Brasil.
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