terça-feira, 30 de março de 2021

No exterior, troca de ministros leva a temor de que caos político aprofunde crise sanitária

No momento em que o país enfrenta o pior momento no enfrentamento da pandemia da covid-19, o desembarque de ministros do governo Jair Bolsonaro (sem partido) chama a atenção de governos estrangeiros e instituições internacionais que tentam entender o que ocorre com o maior país da América Latina e como as mudanças afetarão o combate contra a covid-19 no país.

Ontem, após o anúncio da demissão do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, depois de semanas fritando no cargo, a presidência da República anunciou a troca de outros ministérios considerados chave.

Segundo o colunista do UOL, Jamil Chade, se a saída do chanceler Ernesto Araújo deu esperança a interlocutores no exterior que esperavam uma eventual troca na condução da diplomacia, as mudanças em outras pastas, principalmente entre militares, acenderam o alerta de embaixadas estrangeiras. O clima de certa comemoração foi substituído pela palavra "tensão".

A situação sanitária já havia colocado o Brasil como uma ameaça internacional. Mas a nova crise política agora abre temores de que o país mergulhe numa crise institucional e uma disputa pelo poder.

Confira a seguir as mudanças nos ministérios:

  • Ernesto Araújo foi substituído no Ministério de Relações Exteriores pelo embaixador Carlos Alberto Franco França.
  • Azevedo e Silva foi substituído na Defesa pelo general Walter Braga Netto, que antes ocupava a Casa Civil.
  • Já para a pasta da Casa Civil o governo deslocou o então ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos Baptista.
  • Para o antigo lugar de Baptista, foi anunciada a Deputada Federal Flávia Arruda (PL-DF).
  • Já para a AGU, Bolsonaro deslocou o antigo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Luiz Almeida Mendonça.
  • Com isso, a antiga pasta de Mendonça agora fica nas mãos do Delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres.

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