O sargento da FAB (Força Aérea Brasileira) Manoel Silva Rodrigues traficou cocaína em pelo menos sete viagens oficiais antes de ser preso na Espanha, em junho de 2019, depois de desembarcar de um avião de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o que apontam dados da investigação da PF (Polícia Federal).
Segundo a PF e o MPM (Ministério Público Militar), a primeira viagem nacional suspeita do sargento aconteceu em 18 de março de 2019. Era uma missão de Brasília para São Paulo. Manoel e a mulher enfrentavam grave crise financeira, com contas atrasadas.
A documentação do inquérito policial, a cujo conteúdo o UOL teve acesso, revela ainda que o esquema continuou com a participação de outros militares brasileiros, mesmo depois da prisão de Manoel Rodrigues.
A Força Aérea Brasileira afirmou ao UOL ter mudado procedimento de segurança depois da prisão do sargento Manoel Silva Rodrigues.
Investigações conduzidas pela Polícia Federal apontam que descoberto em 1999, tráfico de cocaína na FAB usava embalagens de Mickey. Três oficiais foram presos em abril de 1999 e acabaram condenados.
A Polícia Federal mostra ainda um grupo de quatro autointitulados empresários de Brasília como os traficantes que corromperam militares da FAB. Entre eles, "barão italiano do ecstasy", o filho de um diplomata italiano, Michelle Tocci. Os outros são Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues, o Chico Bomba, Augusto César de Almeida Lawal e Márcio Moufarrege.
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