terça-feira, 21 de setembro de 2021

Por que o nome da terceira via (se sair) ainda vai demorar

Por enquanto o horizonte eleitoral continua sendo de Lula e Bolsonaro

O nome do chamado candidato da "terceira via" ainda depende de dois eventos cruciais e do calendário eleitoral, na análise da colunista Thaís Oyama.

O primeiro evento, as prévias do PSDB, terá seu desfecho revelado no dia 21 de novembro.

Os quatro pré-candidatos do partido à Presidência da República, a serem confirmados na tarde de hoje, são o governador de São Paulo, João Doria; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio — sendo os dois primeiros favoritos, com Doria na frente.

O projeto de fusão do DEM com o PSL, se bem sucedido, criará o maior partido da Câmara, terá o condão de alterar o xadrez eleitoral inclusive nos estados e municípios e fará com que adentre na arena nacional uma nova força com três potenciais candidatos à presidência: da parte do DEM, além de Mandetta, Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado hoje cortejado pelo PSD de Gilberto Kassab; e da parte do PSL, o apresentador José Luiz Datena, recém-filiado à sigla.

Iniciado o novo ano, entra em ação o calendário eleitoral propriamente dito. Entre janeiro e março, a abertura da janela partidária dará início a uma frenética dança das cadeiras, com políticos entrando e saindo de partidos conforme suas conveniências eleitorais. O processo se encerra no dia 3 de abril.

Só a partir daí é que o cenário de 2022 começará a clarear. Até lá, o horizonte será de Lula e de Bolsonaro.

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