sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Análise: Novo corte na gasolina faz setembro começar com alívio na inflação.

A redução se dá em função da queda do Barril de Petróleo no mercado internacional

Entra em vigor nesta sexta-feira (2) o novo corte no preço da gasolina anunciado pela Petrobras (PETR4) na véspera. Desta vez, trata-se de um corte de 7,08% no preço da gasolina vendida pela estatal às distribuidoras, o que deve reduzir o preço do litro de R$ 3,53 para R$ 3,28.

Trata-se do quarto corte consecutivo no preço do combustível, em meio ao recuo da cotação do barril de petróleo no mercado internacional nos últimos meses.

O anúncio vem após o IPCA(Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ter registrado deflação de 0,68% em julho, enquanto o IPCA-15, visto como uma prévia da inflação, recuou 0,73% em agosto, sinalizando mais um mês de deflação.

Em ambos os casos, o grupo "transportes" foi o principal responsável por puxar os índices para baixo, com retração de 4,51% no IPCA de julho e 5,24% no IPCA-15 de agosto.

Até poucos meses atrás, os combustíveis vinham sendo os principais vilões da inflação, em meio à disparada do preço do petróleo em razão da retomada da demanda e da eclosão da guerra na Ucrânia. Hoje, com o recuo do petróleo e com os cortes de impostos incidentes sobre esses produtos, os combustíveis têm sido os principais responsáveis pelo recuo da inflação.

Dessa forma, com o anúncio de um novo corte logo no primeiro dia de setembro, podemos esperar um novo alívio na inflação deste mês.

Além disso, vale lembrar que os preços dos combustíveis impactam direta ou indiretamente os custos de inúmeros ramos da economia, afetando os preços dos fretes de todo tipo de produtos, por exemplo.

Portanto, o anúncio do novo corte é positivo para a economia como um todo, e não deve afetar negativamente os resultados da Petrobras, que tem reportado sucessivos recordes de lucro, conseguindo reduzir seu endividamento.

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