quinta-feira, 23 de março de 2023

DESTAQUES: Plano tenebroso do PCC virou escada política e taxa selic continua 13, 75% uma das mais altas do mundo.

 

Pedro França/Agência Senado
 
  
Rodrigo Barradas, editor de Opinião

Colunistas dos mais variados matizes foram unânimes: cheira muito mal a tentativa de Moro e outros atores políticos de obter ganhos com a operação da PF que desbaratou plano do PCC de matar personalidades da República, incluindo o ex-juiz e hoje senador.

Já cedo, Leonardo Sakamoto atentou que a fala de Lula do dia anterior sobre seu ex-algoz era ingrediente principal na cocção de novas teorias da conspiração pela extrema direitaReinaldo Azevedo (quase) se espanta que Bolsonaro, Deltan e Moro digam que "operação deflagrada pela Polícia Federal no governo Lula para atacar... Lula e seu partido!".

Ricardo Kotscho se pergunta "o que aconteceria se fosse o contrário, se esta investigação ocorresse sob o governo Bolsonaro, com Anderson Torres no Ministério da Justiça, e o alvo dos criminosos fosse Lula. Por sua experiência naquele governo, em que denunciou a interferência do então presidente no trabalho da Polícia Federal, Sergio Moro poderia dar essa resposta". Josias de Souza já resume no título: "Politização do plano do PCC para eliminar autoridades é sinal de psicopatia".

Madeleine Lacsko, por sua vez, lamenta que a briga política desvie o foco da notícia tenebrosa: "o crime organizado brasileiro tenta se colocar numa posição de afronta ao Estado".

 
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto
Agência Brasil
 
  
BC finca o pé no cabo de guerra com o governo e mantém juros em 13,75%

José Paulo Kupfer vê espaço para o início de um ciclo de corte de juros, mas o Copom manteve os escorchantes 13,75% "até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", segundo comunicado do órgão. Para o colunista, a briga é política e a própria linguagem da nota mostra que o BC está endurecendo o jogo com o governo.

José Roberto de Toledo avalia que o BC fincou pé porque o governo não apresentou uma proposta de regra fiscal: "corto o meu se você cortar o seu", resumiu o jornalista.

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