quarta-feira, 7 de junho de 2023

Vitimização será estratégia de Bolsonaro para lidar com cassação, diz Thaís Oyama

 

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes, presidente do TSE
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes, presidente do TSE
Antonio Augusto/Divulgaçao TSE
 
  
Vitimização será estratégia de Bolsonaro para lidar com cassação, diz Thaís Oyama
Rodrigo Barradas

A Câmara confirmou a cassação de Deltan Dallagnol, que já havia sido determinada pelo TSE. Ocasião propícia para Leonardo Sakamoto refletir sobre o as carreiras entrelaçadas do ex-procurador, de Jair Bolsonaro e de Sergio Moro: "Dallagnol e Moro ajudaram a mandar Bolsonaro, um apoiador de milícias e metido em desvios de grana pública, para o Palácio do Planalto ao enviar seu principal concorrente ao xilindró". Agora, um destino que já é realidade para Deltan se mostra provável para os demais integrantes do trio.

Thaís Oyama afirma que Bolsonaro "já sabe que perdeu" e que ninguém de seu círculo próximo acredita que o TSE não decidirá pela inelegibilidade. O ex-presidente pretende lidar com esse desfecho adotando discurso de vítima. A ver se servirá para algo.

Jeferson Tenório acredita que a eventual cassação dos direitos políticos do capitão terá o poder de reduzir a velocidade da expansão da extrema direita no país. "O bolsonarismo é maior que Bolsonaro. Entretanto, caso o ex-presidente seja julgado inelegível, o efeito de resfriamento da ultradireita deve vir". Madeleine Lacsko, por sua vez, demonstra certo ceticismo: "cassar Bolsonaro não acabará com o bolsonarismo", diz. Na maluquice que virou o consumo de política nas redes sociais, difícil discordar. Afinal, como aponta a colunista, "os fatos objetivos não importam, o que importa é o pertencimento ao grupo".

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