terça-feira, 10 de outubro de 2023

Com risco de escalada, guerra de Israel e Hamas revela crise da diplomacia

 

Fogo após ataques israelenses à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (9)
Fogo após ataques israelenses à Faixa de Gaza nesta segunda-feira (9)
9.out.2023 - MOHAMMED ABED/AFP
 
  
Com risco de escalada, guerra de Israel e Hamas revela crise da diplomacia
Roger Modkovski

A guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas teve seu terceiro dia nesta segunda-feira (9), e analistas temem uma possível escalada, num confronto que pode ser de longa duração e alto custo humanitário. Os ataques de lado a lado já deixaram mais de 1.500 mortos, segundo as autoridades.

Israel reuniu mais de 100 mil soldados de reserva perto da Faixa de Gaza e estabeleceu um cerco completo à região, com corte da eletricidade, combustíveis e alimentos. O movimento islâmico ameaça matar cerca de cem reféns.

Leonardo Sakamoto entrevistou uma das coordenadoras da organização que administra hospitais e serviços de emergência para feridos em Gaza e ela relatou uma crise humanitária iminente na região, com o atendimento médico próximo ao colapso. "O número de mortos e feridos, incluindo crianças, está escalando. E devemos ficar sem medicamentos, produtos hospitalares e sem poder realizar operações nos hospitais por conta do bloqueio imposto", disse Haneen Wishah.

Jamil Chade relata que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticou o cerco a Gaza, denunciou o Hamas e apelou por negociações. Chade também registra que o mundo vive um recorde de afetados por conflitos -2 bilhões de pessoas-, o que comprova haver uma crise da diplomacia internacional.

Já Reinaldo Azevedo elogia o tom da nota do governo brasileiro sobre a guerra e afirma que, embora nada justifique os ataques terroristas do Hamas, ignorar o contexto em que eles ocorrem é só "picaretagem ou militância ideológica".

E a professora de relações internacionais Fernanda Magnotta alerta para a complexidade do conflito árabe-israelense e o cuidado que se deve ter ao emitir opinião sobre ele. "Em um mundo de paixões desenfreadas, as reflexões sobre o caso Israel-Hamas naufragam quando se perdem em simplificações ideológicas e na flexibilização moral 'ao gosto do freguês'", escreve.

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