quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Lula demite o número 2 da Abin após investigação ligá-lo a espionagem ilegal

 

Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin que foi exonerado
Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin que foi exonerado
Luiz Silveira/ Agência CNJ
 
  
Lula demite o número 2 da Abin após investigação ligá-lo a espionagem ilegal
Do UOL

Alessandro Moretti foi exonerado do cargo de diretor-adjunto na terça. Investigações da Polícia Federal citam Moretti por suposto conluio com pessoas envolvidas no esquema de monitoramento da Abin feito sem autorização da Justiça durante o governo Bolsonaro, escândalo que está sendo chamado de "Abin paralela". Leia aqui.

No governo Lula, o delegado Moretti havia sido mantido no cargo por indicação do atual chefe da Abin, Luiz Fernando Correa. O substituto será o chefe da Escola de Inteligência, o cientista político Marco Aurélio Cepik, professor da UFRGS. Sete servidores de carreira da Abin foram designados para cargos de diretoria. No Distrito Federal, Moretti foi braço-direito do então secretário de Segurança, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro que foi preso após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Policiais da 'Abin paralela' foram seguranças da campanha de Bolsonaro. Luiz Felipe Barros e Felipe Arlotta Freitas passaram o Réveillon de 2018 para 2019 com Carlos Bolsonaro, comemoração em que também estava o hoje deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin. Veja a foto. Os colunistas Natália Portinari e Aguirre Talento escrevem sobre o trabalho dos policiais que eram seguranças de Jair Bolsonaro quando o então candidato à Presidência sofreu um atentado em Juiz de Fora (MG), na véspera de 7 de setembro de 2018. A Polícia Federal tem indícios de que Carlos Bolsonaro intermediava as comunicações entre a espionagem clandestina da Abin e o Palácio do Planalto. O general Augusto Heleno foi intimado para depor na próxima terça.

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