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E o Juscelino segue ali |
Rodrigo Barradas |
A PF indiciou o ministro das Comunicações (e dos cavalos), Juscelino Filho, por suspeita de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e fraude em licitação. Ele não foi julgado ainda, mas, em tempos mais normais, integrantes de primeiro escalão de governo eram afastados até que tudo se esclarecesse. Reinaldo Azevedo ilustra a medida com o exemplo de Itamar Franco: "O Lula deveria empregar um instrumento que o Itamar usou com o então ministro [Henrique] Hargreaves, que era chefe da Casa Civil. Apareceu uma acusação que parecia, no momento ali, grave. O Itamar disse o seguinte: 'O Hargreaves se afasta do governo, nós vamos ver os desdobramentos, ver a investigação no que dá. Se não der em nada, ele volta'". Mas, com o jóquei de Vitorino Freire, nada acontece. Josias de Souza resume o negócio assim: "Sempre que a oportunidade bate à porta de Lula, avisando que é hora de se livrar de Juscelino Filho, o presidente reclama do barulho. E mantém o personagem na Esplanada". Daria para imaginar que, no cálculo do presidente, o cavaleiro do Maranhão precisasse ser mantido por ali para manter um sólido apoio do partido no Congresso. Mas Leonardo Sakamoto constata: "Lula não tem votos do União Brasil, mas ganhou do partido ministro com B.O.". E talvez o ministro continue ali só para a relação com o Parlamento não ficar ainda pior. Tá difícil.
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