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Coalizão derrota extrema direita na França, mas... e agora? |
Roger Modkovski |
O apelo do presidente Emmanuel Macron à união de forças políticas -da esquerda ao centro- contra a extrema direita foi ouvido e levou a uma reviravolta no segundo turno das eleições parlamentares francesas deste fim de semana, embaralhando o futuro político do país. Após o resultado, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, entregou o cargo a Macron, que pediu que ele permaneça. Ainda se sabe como será o desenho parlamentar até o final do mandato de Macron, previsto para 2027. A vitória da coalizão é uma resposta depois de constantes revezes do campo progressista e traz lições também para o Brasil. Para Leonardo Sakamoto, a ação unida da esquerda francesa nos ensina que é possível superar diferenças para barrar a extrema direita. Mas Sakamoto ressalta a necessidade de esses setores progressistas criarem novas políticas para se contraporem às ideias xenófobas, racistas e fascistas. Reinaldo Azevedo exaltou a manobra arriscada de Macron ao convocar eleições parlamentares após a vitória da extrema direita nas eleições para o Europarlamento, afirmando que é preciso admitir que a "porra-louquice" do presidente francês deu resultados. Para Wálter Maierovitch, a consciência dos franceses falou mais alto. "O lema "égalité" da Revolução Francesa não foi apagado. Nem a liberdade e a fraternidade foram substituídas pelo autoritarismo da direita radical", escreve. Mas Josias de Souza alerta: apesar da "paulada", a extrema direita francesa não está morta. E, dependendo de como funcionar o governo agora, o Rassemblement National de Marine Le Pen pode se reorganizar para tomar o poder no país em 2027. Jamil Chade: Macron recusa saída de primeiro-ministro por 'estabilidade do país' Leonardo Sakamoto: Na França, esquerda unida mostra que é possível barrar a extrema direita Reinaldo Azevedo: Dê-se crédito à 'porra-louquice' de Macron: acordou a França contra a RN Wálter Maierovitch: Consciência dos franceses falou mais alto. França livre Josias de Souza: Extrema direita francesa levou paulada, mas não está morta Josias de Souza: Lula enaltece diálogo na França, mas chefia governo do monólogo Tales Faria: Raí lava alma do Brasil após vexame de Neymar na onda bolsonarista Alicia Klein: O abismo que separa as seleções brasileira e francesa no futebol e na vida Juca Kfouri: Liberté, Égalité, Mbappé |
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