terça-feira, 9 de julho de 2024

Coalizão derrota extrema direita na França, mas... e agora?

 

Manifestantes em Paris comemoram resultado das eleições legislativas na França; mas o que acontece agora com o país e com o governo Macron?
Manifestantes em Paris comemoram resultado das eleições legislativas na França; mas o que acontece agora com o país e com o governo Macron?
Emmanuel Dunand/AFP
 
  
Coalizão derrota extrema direita na França, mas... e agora?
Roger Modkovski

O apelo do presidente Emmanuel Macron à união de forças políticas -da esquerda ao centro- contra a extrema direita foi ouvido e levou a uma reviravolta no segundo turno das eleições parlamentares francesas deste fim de semana, embaralhando o futuro político do país.

Após o resultado, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, entregou o cargo a Macron, que pediu que ele permaneça. Ainda se sabe como será o desenho parlamentar até o final do mandato de Macron, previsto para 2027.

A vitória da coalizão é uma resposta depois de constantes revezes do campo progressista e traz lições também para o Brasil.

Para Leonardo Sakamoto, a ação unida da esquerda francesa nos ensina que é possível superar diferenças para barrar a extrema direita. Mas Sakamoto ressalta a necessidade de esses setores progressistas criarem novas políticas para se contraporem às ideias xenófobas, racistas e fascistas.

Reinaldo Azevedo exaltou a manobra arriscada de Macron ao convocar eleições parlamentares após a vitória da extrema direita nas eleições para o Europarlamento, afirmando que é preciso admitir que a "porra-louquice" do presidente francês deu resultados.

Para Wálter Maierovitch, a consciência dos franceses falou mais alto. "O lema "égalité" da Revolução Francesa não foi apagado. Nem a liberdade e a fraternidade foram substituídas pelo autoritarismo da direita radical", escreve.

Mas Josias de Souza alerta: apesar da "paulada", a extrema direita francesa não está morta. E, dependendo de como funcionar o governo agora, o Rassemblement National de Marine Le Pen pode se reorganizar para tomar o poder no país em 2027.

Jamil ChadeMacron recusa saída de primeiro-ministro por 'estabilidade do país'

Leonardo SakamotoNa França, esquerda unida mostra que é possível barrar a extrema direita

Reinaldo AzevedoDê-se crédito à 'porra-louquice' de Macron: acordou a França contra a RN

Wálter MaierovitchConsciência dos franceses falou mais alto. França livre

Josias de SouzaExtrema direita francesa levou paulada, mas não está morta

Josias de SouzaLula enaltece diálogo na França, mas chefia governo do monólogo

Tales FariaRaí lava alma do Brasil após vexame de Neymar na onda bolsonarista

Alicia KleinO abismo que separa as seleções brasileira e francesa no futebol e na vida

Juca KfouriLiberté, Égalité, Mbappé

Nenhum comentário: