sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Datafolha congela ante a banalização do grotesco

 

Da esquerda para a direita, Guilherme Boulos, Pablo Marçal, Ricardo Nunes, José Luiz Datena e Tabata Amaral
Da esquerda para a direita, Guilherme Boulos, Pablo Marçal, Ricardo Nunes, José Luiz Datena e Tabata Amaral
1º.set.2024-Reprodução/YouTube
 
  
Datafolha congela ante a banalização do grotesco
Rodrigo Barradas

Pouca coisa mudou na pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo divulgada hoje. Pela terceira semana, Nunes manteve 27%. Boulos segue oscilando entre 26% e 25% (o número mais recente). Marçal teve crescimento numérico, de 19% para 21%, dentro da margem de erro, que agora é de dois pontos (nas anteriores, eram três). Tabata foi de 8% a 9% e Datena segue estacionado nos 6%.

Leonardo Sakamoto vê na estabilidade uma certa exaustão do eleitor com a baixaria da campanha. "Tal como a cadeirada de José Luiz Datena em Pablo Marçal não alterou as intenções de voto na eleição paulistana, o soco do assessor de Marçal que tirou sangue do marqueteiro de Ricardo Nunes, no debate do Flow, nesta segunda (23), também não mudou a corrida. A população pode estar cansada da violência física e verbal que acaba ofuscando o debate de ideias. Ou passou a encarar o pleito apenas como entretenimento e ainda está pensando em quem expulsará da casa em 6 de outubro", escreve.

Josias de Souza teme pela qualidade dos próximos espetáculos: "Contra esse pano de fundo marcado pela divisão da direita e pela inércia da esquerda, os próximos debates —TV Record, neste sábado; UOL-Folha, na segunda-feira; e TV Globo, na quinta— podem ser vistos por um franco-provocador como Marçal, numericamente atrás dos rivais, como convites para o vale-tudo. Depois da cadeirada, da expulsão e do soco, tornou-se impossível traçar limites para a insensatez".

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