Esquema de compra e venda de emendas no Maranhão envolve agiotas e parlamentares
Operação Emendário revela o desvio de recursos públicos com a participação de políticos e empresários. JOSIMAR DO MARANHÃOZINHO e PASTOR GIL, ambos do PL (22) estão na crista das investigações.
A Polícia Federal (PF) está na mira de um sofisticado esquema de compra e venda de emendas parlamentares ao Orçamento, envolvendo até mesmo agiotas. Três deputados federais, Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA), foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte da Operação Emendário. Outras investigações ainda aguardam desfecho, expondo a complexa rede de desvio de recursos públicos.
Operação Emendário:
O Núcleo do EsquemA investigação começou com a análise de trocas de mensagens no celular de Maranhãozinho, que revelou a articulação entre os parlamentares e o empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, para negociar emendas destinadas ao município de São José de Ribamar (MA). A PF descobriu uma “planilha da corrupção”, detalhando a divisão dos recursos desviados entre os envolvidos.
O esquema investigado é uma espécie de laboratório de como a aliança entre parlamentares, prefeitos e empresas funcionava para desviar recursos públicos. Segundo fontes próximas ao caso, a denúncia contra os três deputados já está nas mãos do ministro do STF Cristiano Zanin.
Morte de Agiota Eleitoral
Pacovan, central no esquema, era conhecido por sua atuação como agiota eleitoral. Contudo, foi assassinado em junho deste ano, em Zé Doca (MA). De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, sua morte não está diretamente ligada ao esquema de compra e venda de emendas, mas a uma disputa entre antigos sócios.
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