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Um manequim de papelão em tamanho real de Jair Bolsonaro me encara enquanto entrevisto Lucas Pavanato, 26 anos. O vereador mais votado do Brasil em 2024 usou o boneco do ex-presidente em seus vídeos de campanha no TikTok e Instagram. Nos vídeos, Pavanato defende causas conservadoras, provoca eleitores de esquerda e, sempre exaltado, chega a brigar fisicamente. Na entrevista, ele é outro. Calmo, conta da época recente de estudante na periferia de Sorocaba (SP): "Eu era o chato da escola". O objetivo era entender como Lucas e outros jovens conservadores da geração Z chegaram tão rápido ao poder. O modelo deles é o deputado federal Nikolas Ferreira, 28 anos. Para os três, Nikolas já é um veterano, tão versado nos versículos da Bíblia quanto nos algoritmos das redes sociais. Também falei com pesquisadores para entender a nova geração. Para a socióloga Silvana Krause, os líderes mais velhos estão empolgados agora, mas terão dificuldade em controlar os novatos, "aventureiros" por natureza. |
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