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Carolina Juliano |
PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe. O relatório da investigação da tentativa de golpe de Estado em 2022 foi enviado Supremo Tribunal Federal ontem e está sob sigilo nas mãos de Alexandre de Moraes. O ex-presidente, o general Braga Netto e mais 35 pessoas foram indiciados sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Integram a lista ainda o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal, e o ex-ministro do GSI, o general da reserva Augusto Heleno. O relatório aponta que a organização criminosa atuou de forma coordenada para impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder após a derrota na eleição de 2022. O ex-presidente responde por crimes que podem chegar a 28 anos de prisão. Alexandre de Moraes deve encaminhar o relatório para a Procuradoria-Geral da República na próxima semana, que é responsável por fazer denúncia se julgar procedente os resultados das investigações. Saiba como os grupos agiam. PF liga tentativa de golpe e caso da 'Abin paralela' ao indiciar Bolsonaro. A estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência é alvo da operação deflagrada ontem e mira ao menos quatro dos indiciados pela PF na apuração sobre a trama golpista e o plano para assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes: o ex-diretor da Abin e deputado Alexandre Ramagem; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; o policial federal Marcelo Bormevet e o subtenente do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues. Militares são maioria entre os suspeitos, 25 de um total de 37 indiciados. Entenda o esquema. Bolsonaro ataca Moraes após ser indiciado pela PF. O ex-presidente afirmou que Alexandre de Moraes "faz tudo o que não diz a lei", "conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa", disse em entrevista. Bolsonaro disse ainda que vai esperar conhecer todo o teor do relatório da Polícia Federal para poder se manifestar a respeito do inquérito. Ele e mais 36 pessoas foram indiciadas por suspeita de terem cometido os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Mauro Cid implica Braga Netto em tentativa de golpe. O ex-ajudante de ordem de Bolsonaro foi intimado a depor mais uma vez no STF, depois que a Polícia Federal apontou contradições entre sua delação premiada e o depoimento que deu à PF sobre os planos para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro o STF Alexandre de Moraes. O acordo de delação premiada estava em risco e podia ter sido anulado se Moraes concluísse que Cid não tinha cumprido com as obrigações da colaboração. O UOL apurou que o acordo foi mantido porque Cid deu novas informações envolvendo o general Braga Netto nas articulações golpistas. Ele contou no depoimento sobre uma reunião realizada no apartamento do militar para discutir o assunto. |
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