quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Mauro Cid volta a depor no STF e pode perder benefícios da delação premiada

O tenente coronel Mauro Cid, ex ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixa a sede da PF
O tenente coronel Mauro Cid, ex ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixa a sede da PF
Pedro Ladeira/Folhapress
 
  
Carolina Juliano

Ex-ajudante de ordem de Bolsonaro é intimado para explicar contradições. O ministro Alexandre de Moraes intimou o tenente-coronel Mauro Cid a ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal para esclarecer "contradições" entre seus depoimentos e investigações feitas pela Polícia Federal. O depoimento foi marcado após PF dizer a Moraes que Cid violou cláusulas de acordo de delação premiada omitindo e contradizendo depoimento prestado na terça sobre o plano de golpe de militares que incluiria o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. O ministro vai pedir um parecer à PGR sobre o relatório enviado pela PF e, dependendo da avaliação do procurador-geral, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pode perder os benefícios da colaboração ou até voltar a ser preso. Mensagens recuperadas pela PF no celular de Cid indicam que ele atuou no monitoramento dos passos do ministro Alexandre de Moraes e, para a PF, esse era o passo inicial para o sequestro ou assassinato do ministro.

PT pede a Lira que arquive PL da anistia após plano golpista vir a público. O partido entregou um documento de solicitação de arquivamento do projeto que tenta livrar da cadeia os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. O partido citou o atentado a bomba no STF e a revelação de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para justificar o pedido. A decisão sobre o arquivamento cabe a Arthur Lira; O pedido menciona que o PL da Anistia concederia perdão a "comandantes da trama golpista" e estimularia extremistas.

 

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