segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Empresa contratada para manutenção da Ponte que desabou afirma não ser responsável por reparos estruturais

 Em nota, a empreiteira afirmou que a última intervenção na estrutura foi realizada há mais de um ano, em novembro de 2023



A empresa Matera Engenharia, contratada pelo governo federal para serviços de manutenção na Ponte Juscelino Kubitscheck, que desabou no último domingo (22), resultando na morte de 11 pessoas e no desaparecimento de outras seis, declarou não ter responsabilidade sobre a tragédia. Em nota, a empreiteira afirmou que a última intervenção na estrutura foi realizada há mais de um ano, em novembro de 2023, sob a aprovação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes.

Segundo a Matera, o contrato previa a realização de pequenos reparos em 36 pontes no Tocantins, incluindo a Ponte JK, localizada na divisa entre o Maranhão e o Tocantins. O valor total do contrato, concluído em novembro de 2023, foi de R$ 3,6 milhões, dos quais R$ 804 mil foram destinados especificamente à Ponte JK. A companhia destacou que não atuava na estrutura há mais de um ano e que não realizava obras de reabilitação ou reforço estrutural.

“A empresa esclarece que seu contrato com o governo federal previa apenas serviços de manutenção. Não recebemos qualquer punição relacionada ao contrato em questão, que foi completamente concluído e aprovado pelo Dnit sem ressalvas”, informou a Matera em comunicado.

Dnit esclarece execução do contrato


O Dnit, por sua vez, emitiu nota detalhando que o contrato com a Matera, firmado entre 2021 e 2023, tinha como objetivo a manutenção de vigas, lajes, passeios e pilares de diversas estruturas no Tocantins, incluindo a Ponte JK. O órgão confirmou o valor de R$ 804 mil destinados à manutenção da ponte e esclareceu que, durante a execução de outro contrato, constatou o descumprimento de cláusulas contratuais pela Matera, o que resultou na sanção administrativa à empresa.

Atualmente, a empreiteira possui 30 contratos ativos com o Dnit, distribuídos em estados como Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, totalizando cerca de R$ 191 milhões em contratações.



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