sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Tarcísio volta trás sobre uso de câmeras em PMs e diz que não vai tolerar abusos

 

Pedro Ladeira/Folhapress
 
  

Carolina Juliano

Governador diz que estava 'completamente errado' sobre câmeras corporais. Tarcísio de Freitas comentou ontem a série de denúncias de violência praticada por policiais militares de São Paulo. Ele disse que errou nas críticas que fez ao uso das câmeras corporais pela Polícia Militar e que vai se empenhar para que os novos equipamentos adquiridos pelo governo sejam eficazes para coibir violência praticada por maus policiais. O governador disse ainda que a segurança jurídica que o Estado dá para os profissionais de segurança pública não pode ser confundida com salvo-conduto. Tarcísio afirmou que um período de testes com as novas câmeras deve começar no dia 10 de dezembro e que, embora o novo método permita que o policial ligue a câmera, há também a previsão de acionamento automático feito pelo Copom. Leia mais.
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Governo de SP afasta 12 PMs por agressão a idosa e familiares. A empresária Lenilda Messias, de 63 anos, ficou ferida no rosto depois de uma confusão com policiais militares durante uma abordagem na garagem da família. A mulher levou um chute, empurrões e foi agarrada pela roupa pelo policial. Vídeos gravados por testemunhas mostram que o filho dela, Juarez Higino Lima Júnior, também foi agredido quando estava imobilizado. A confusão teria começado por conta de uma moto que estava na calçada. Segundo a família, os policiais arrebentaram o portão da casa e começaram a bater em todos. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que a "Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e apura com rigor todos os casos envolvendo seus agentes". Saiba mais.
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Justiça torna réu e manda prender PM que matou jovem negro. Vinícius de Lima Britto foi gravado atirando e matando Gabriel Renan da Silva Soares pelas costas, na saída de um supermercado em São Paulo, de onde ele tinha furtado produtos de limpeza. O Ministério Público já havia se manifestado favorável à prisão do agente, que já havia cometido outras mortes em circunstâncias semelhantes -- ele é investigado por outras três mortes em dez meses de atividade policial. O policial disparou 11 vezes contra Gabriel, o que, segundo a juíza que determinou a prisão, é uma ação "indicativa de periculosidade do agente".

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