Estabelecendo um marco na história da espetacularização da política, Trump e JD Vance bateram boca com Zelensky em transmissão ao vivo no Salão Oval da Casa Branca. Além desse aspecto midiático, o episódio também carrega outros significados. De Demétrio Magnoli, na Folha: "O reality show da humilhação de Zelensky promovido por Trump, no Salão Oval, concluiu a ruptura entre EUA e Ucrânia e o alinhamento da Casa Branca à Rússia de Putin. O evento, salpicado por ameaças, insultos e acusações, segue-se às negociações bilaterais EUA/Rússia sobre o futuro da Ucrânia, às declarações de Trump atribuindo aos europeus a responsabilidade por garantias de segurança ao país invadido e ao voto pró-russo dos EUA na ONU. O conjunto da obra assinala o virtual desmoronamento da Otan". Leonardo Sakamoto, no UOL News, vê um ganhador na briga: "Esse bate-boca tem um grande vitorioso, que é Vladimir Putin". Jamil Chade vê no episódio uma resposta à reprovação pela Assembleia Geral da ONU do plano de paz de Trump, contra o qual o ucraniano discursou. "Nos bastidores, diplomatas de alto escalão alertavam que aquela humilhação não iria sair barata", escreve. Wálter Maierovitch tem uma interpretação própria e surpreendente do encontro. A coluna merece leitura na íntegra, mas o título a resume bem: "Trump foi nocauteado por Zelensky na Casa Branca". |
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