Trump e Zelensky em confronto. Uma reunião na Casa Branca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acabou em bate-boca e azedou as relações entre os dois países. O encontro, que tinha como objetivo selar um acordo de minerais raros e discutir o apoio americano à Ucrânia, transformou-se em um confronto público incomum, com Trump e o vice-presidente JD Vance repreendendo Zelensky pelo que consideraram de falta de gratidão e insistindo em um acordo de paz com a Rússia nos termos ditados pelos americanos. As frases do embate: Trump: "Ou você faz um acordo, ou nós saímos fora. E se nós sairmos, vocês lutarão sozinhos, e eu não acho que será bonito". Vance: "Acho desrespeitoso que você venha ao Salão Oval para tentar litigar isso diante da mídia americana". Zelensky: "Vocês têm um belo oceano e não sentem agora, mas sentirão no futuro" (Zelensky estava se referindo à distância geográfica que separa os Estados Unidos da Rússia, sugerindo que essa distância poderia criar uma falsa sensação de segurança. Ele quis dizer que, apesar dessa distância, os EUA também poderiam sentir no futuro os efeitos da guerra e da agressão). Trump: "Não nos diga o que vamos sentir. Você não está em uma boa posição. Você não tem as cartas agora". Zelensky: "Eu não estou jogando cartas. Eu sou o presidente em uma guerra". Após o bate-boca, Trump cancelou o restante da visita de Zelensky, incluindo uma entrevista coletiva conjunta e a cerimônia de assinatura do acordo de minerais. Em uma postagem nas redes sociais, Trump afirmou que Zelensky "não está pronto para a paz se a América estiver envolvida" e o acusou de "desrespeitar os Estados Unidos". Repercussões globais O confronto na Casa Branca gerou ondas de choque em todo o mundo. Líderes europeus manifestaram apoio à Ucrânia, enquanto a Rússia celebrou o desentendimento. Reações de líderes e países: Dmitri Medvedev (Rússia): Aplaudiu Trump por "dizer a verdade" a Zelensky e pediu a suspensão da ajuda militar à Ucrânia. Olaf Scholz (Alemanha): "Ninguém quer mais a paz do que os cidadãos da Ucrânia! É por isso que estamos buscando juntos o caminho para uma paz duradoura e justa. A Ucrânia pode confiar na Alemanha - e na Europa". Donald Tusk (Polônia): "Querido Zelenskyy, queridos amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos". Lars Lokke Rasmussen (Dinamarca): "É um soco no estômago para a Ucrânia. Deve haver espaço para conversas robustas - mesmo entre amigos. Mas quando isso acontece em frente às câmeras, há apenas um vencedor. E ele está sentado no Kremlin". Emmanuel Macron (França): Afirmou que a Rússia é o agressor e a Ucrânia o povo agredido, reiterando o apoio europeu a Kiev. O futuro da ajuda americana à Ucrânia O futuro da ajuda americana à Ucrânia permanece incerto. Uma revisão de política está em andamento, colocando em risco bilhões de dólares em sistemas de radar, veículos, munições e mísseis. Alguns analistas temem que o confronto na Casa Branca possa enfraquecer o apoio americano à Ucrânia e encorajar a Rússia a intensificar sua agressão. Enquanto isso, a Ucrânia continua sob intenso bombardeio russo. Sirenes de ataque aéreo soaram em Kiev na noite de sexta-feira, enquanto ataques de drones atingiram as regiões de Odesa e Kharkiv. |
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