Depois de uma semana tensa, o governo Lula e o Congresso trocam sinais para um cessar-fogo na crise do IOF -detonada na semana passada quando os parlamentares derrubaram uma proposta de aumento da tarifa do imposto sobre operações financeiras, considerada pelo governo crucial para garantir o ajuste das contas públicas. A colunista Amanda Klein relata que a bandeira branca, desejada pelos dois lados, veio com a aprovação, primeiro no Senado e depois na Câmara, de medidas favoráveis à pauta econômica do governo. E Carla Araújo conta que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem dois "desejos" que gostaria de ver realizados para selar a paz com o governo federal. O primeiro é que Lula interrompa os ataques que transformam o Congresso em "inimigo do povo". O segundo é a cabeça do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. De 513 a 531: Lula vai vetar? Depois que a Câmara aprovou o aumento no número de deputados federais de 513 para 531, Leonardo Sakamoto questiona se Lula vai comprar essa briga, vetando o projeto, ou deixar quieto em nome da governabilidade. Para o colunista, criar 18 novas cadeiras mostra a falta de compromisso dos parlamentares com a questão fiscal. Josias de Souza defende que Lula vete a criação das novas vagas, argumentando que esta é a obrigação de Lula como presidente da República -mas sabendo que não vetar pode lhe trazer vantagens políticas. Reinaldo Azevedo também denuncia o "telhado de vidro" de um Congresso que quer cortes, mas não na sua carne. "Em matéria de gastos públicos, podemos enforcar o último recebedor do salário mínimo com a tripa do último aposentado, mas não podemos deixar desguarnecida a representação popular", pensam eles sobre a criação das vagas, segundo o colunista. Debate sobre impostos esquentaOs panos quentes começaram a ser jogados sobre a crise pelo mundo político, mas o debate sobre a carga tributária de ricos e pobres já ganhou as ruas -ou, pelo menos, as redes. Leonardo Sakamoto afirma que a militância de esquerda acertou ao jogar na Web o debate sobre impostos e quem os paga. E a colunista Letícia Casado relata que, após a crise do IOF, o governo adotou o lema "justiça social" como marca, colheu resultados "furando a bolha" de esquerda e agora se prepara para defender o legado de Lula. Para Letícia, Lula 3 cansou de "apanhar calado". Porque, bem lembra ela, desde o começo da crise o foco é a sucessão presidencial de 2026. Amanda Klein: Senado dá primeiros sinais de trégua na crise com o governo Amanda Klein: Lula diz a aliados que vai procurar Motta e Alcolumbre Carla Araújo: Os dois desejos de Alcolumbre para selar a paz com Lula Leonardo Sakamoto: Deputados decidem se reproduzir e que se lasque o ajuste fiscal Josias de Souza: Veto à criação de novas vagas de deputados tornou-se imperativo Reinaldo Azevedo: Lula, deixe que o Congresso promulgue aumento do número de deputados Reinaldo Azevedo: Os que querem quebrar os ovos dos pobres têm queixo de vidro para a crítica Reinaldo Azevedo: Os absolutistas do Congresso se irritam com crítica da sociedade Reinaldo Azevedo: Dino acerta; as emendas estão na raiz de crise de governabilidade Leonardo Sakamoto: IA leva esquerda a fazer gol nas redes ao tratar de ricos contra pobres Letícia Casado: Lula 3 abraça lema de 'justiça social' e faz ofensiva para proteger legado |
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