segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Marcado o julgamento de Bolsonaro, Brasília espera 'semanas intensas'

 

Jair Bolsonaro é interrogado no STF na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em junho. Clima político do país promete esquentar até início do julgamento do ex-presidente

Jair Bolsonaro é interrogado no STF na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em junho. Clima político do país promete esquentar até início do julgamento do ex-presidente

Antonio Augusto/STF


Roger Modkovski

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STFmarcou para 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete réus do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado —o que promete jogar mais combustível no caldeirão da polarização política brasileira, já bem alimentado por ameaças e sanções dos EUA, pressões por impeachment de ministros do Supremo e anistia e movimentações visando a eleição presidencial de 2026.

 

A colunista Letícia Casado apurou que os ministros do STF se preparam para "semanas intensas", com a possível escalada da pressão americana sobre membros da corte.

Já Raquel Landim apurou que as investidas políticas e econômicas do presidente americano Donald Trump, que acusa o Brasil de tentar uma "execução política" de seu aliado Jair, apenas vai colaborar para que os ministros optem por penas duríssimas para os réus.

 

E Carla Araújo avisa: a possível inclusão do pastor midiático Silas Malafaia no inquérito para investigar as ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA pode gerar uma reação evangélica e podem surgir novas denúncias contra o ministro-relator Alexandre de Moraes e o Supremo nos EUA.

Já Josias de Souza relata que o entrevero verbal entre Luis Fux e Luís Roberto Barroso em sessão do Supremo é um reflexo da tensão que toma o tribunal, opondo os ministros que sofreram e os que não sofreram sanções dos EUA.

Josias também informa que, com a definição da data do julgamento e a perspectiva da condenação, líderes do PL e do centrão pressionam Bolsonaro a definir quem apoiará em 2026. Segundo Josias, Bolsonaro não respondeu por ainda acalentar a ilusão de que a pressão trumpista forçará uma anistia —que não deve vir porque a direita está mais preocupada com o espólio eleitoral do ex-presidente.

 

Letícia Casado: STF se prepara para mudanças na corte e escalada de pressão dos EUA

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