Após por fim ao motim organizado por parlamentares bolsonaristas, que tomaram as mesas do Senado e da Câmara na terça-feira impedindo a volta aos trabalhos após o recesso, os presidentes das duas casas frustraram os rebelados. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, disse ontem que analisa imagens das câmeras da Casa para definir se e quais deputados serão punidos por terem resistido a liberar a Mesa Diretora na noite da quarta-feira, e também negou ter feito acordo com os deputados para colocar em discussão o PL da anistia. A avaliação de aliados de Motta é a de que deixar de punir esses parlamentares poderia desmoralizá-lo. No Senado, Davi Alcolumbre retomou as sessões ontem e impôs derrota ao bolsonarismo após se negar a dar andamento à proposta de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. Além disso, o presidente do Senado, respaldado por outros líderes de bancada, recusou-se a negociar a votação de qualquer outro projeto da oposição antes que a obstrução fosse encerrada. Líder do PL pede desculpas a Motta e diz que não houve acordo por anistia. O deputado Sóstenes Cavalcante pediu perdão ao presidente da Câmara, Hugo Motta, após dois dias de motim que impediam o avanço de votações na Casa, e negou um acordo com ele para colocar o projeto da anistia em votação. "Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público e te pedir perdão", afirmou em discurso na tribuna. Ele disse ainda que o presidente Hugo Motta "não foi chantageado" e "não assumiu compromisso de pauta nenhuma". Segundo a Folha de S.Paulo, no entanto, o acordo firmado entre centrão e o PL que pôs fim ao protesto prevê a votação de projeto de blindagem aos parlamentares contra processos judiciais, além de discussão de alguma proposta de anistia ao 8 de janeiro de 2023. Leia mais. |
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