sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O tamanho do tarifaço, as negociações que seguem e o maior Judas do Brasil

 

Geraldo Alckmin, vice-presidente e negociador do tarifaço, experimenta coxinha no programa de Ana Maria Braga. Conversas, avaliações e a vida seguem após o pacote e as sanções contra Moraes

Geraldo Alckmin, vice-presidente e negociador do tarifaço, experimenta coxinha no programa de Ana Maria Braga. Conversas, avaliações e a vida seguem após o pacote e as sanções contra Moraes

Reprodução/TV Globo


Roger Modkovski

Passado o impacto da divulgação do real tamanho do tarifaço americano sobre produtos brasileiros, a política e a economia real seguem tentando mensurar as consequências das medidas impostas pelo governo Trump.

O colunista José Paulo Kupfer argumenta que não dá para dizer que o decreto de Trump foi uma montanha que "pariu um rato" —mas, segundo ele, o anúncio também não gerou o "monstro exterminador" que se esperava. Mas isso não significa, argumenta Kupfer, que uma guerra comercial pesada pode vir pela frente com novas medidas.

E as negociações prosseguem: Amanda Klein apurou que o governo brasileiro descartou, por enquanto, medidas retaliatórias e deve seguir tentando excluir do tarifaço mais setores da economia.

E Mariana Sanches informa que a Embraer, que ficou de fora da lista, pode ser incluída em breve no tarifaço -tema que já está sendo discutido em Washington.

Já Carla Araújo relata um pouco dos bastidores da reação do Planalto ao anúncio do tarifaço na quarta-feira. Lula teria dito que as medidas foram anunciadas por um "menino mimado", mas que é necessário agir com calma, sem "bílis", para conter os danos à economia. A avaliação é de que "o pior foi evitado", mas "ainda tem coisas muito ruins" no pacote americano.

Dentro da política de contenção de danos, Josias de Souza elogia a ida do vice-presidente, ministro e negociador Geraldo Alckmin ao programa de Ana Maria Braga na Globo. Segundo Josias, enquanto o PT discute abstrações, Alckmin marcou um golaço ao ir falar diretamente com as donas de casa.

 

Enquanto governo, instituições e setor produtivo tentam entender, mensurar e reagir ao pacote, Leonardo Sakamoto sustenta que, com sua atuação a favor do tarifaço, o deputado federal Eduardo Bolsonaro garantiu seu lugar como maior Judas na história do Brasil, batendo com folga Calabar, Joaquim Silvério dos Reis e outros traidores consagrados da pátria.

 

O jurista Walter Maierovitch afirma que Eduardo, que abandonou as funções parlamentares por São Paulo para fazer lobby pelo tarifaço e pela liberdade de seu ainda não condenado pai, precisa ter sua prisão preventiva decretada logo —mas não pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o que tiraria a legitimidade do pedido.

 

E por falar em Xandão, Reinaldo Azevedo celebra o fato de ele ter comparecido ontem à vitória de seu Corinthians no clássico contra o Palmeiras em Itaquera —numa mostra de que a vida e as instituições seguem firmes e não foram abaladas pelas sanções trumpistas.

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