Passado o impacto da divulgação do real tamanho do tarifaço americano sobre produtos brasileiros, a política e a economia real seguem tentando mensurar as consequências das medidas impostas pelo governo Trump. O colunista José Paulo Kupfer argumenta que não dá para dizer que o decreto de Trump foi uma montanha que "pariu um rato" —mas, segundo ele, o anúncio também não gerou o "monstro exterminador" que se esperava. Mas isso não significa, argumenta Kupfer, que uma guerra comercial pesada pode vir pela frente com novas medidas. E as negociações prosseguem: Amanda Klein apurou que o governo brasileiro descartou, por enquanto, medidas retaliatórias e deve seguir tentando excluir do tarifaço mais setores da economia. E Mariana Sanches informa que a Embraer, que ficou de fora da lista, pode ser incluída em breve no tarifaço -tema que já está sendo discutido em Washington. Já Carla Araújo relata um pouco dos bastidores da reação do Planalto ao anúncio do tarifaço na quarta-feira. Lula teria dito que as medidas foram anunciadas por um "menino mimado", mas que é necessário agir com calma, sem "bílis", para conter os danos à economia. A avaliação é de que "o pior foi evitado", mas "ainda tem coisas muito ruins" no pacote americano. Dentro da política de contenção de danos, Josias de Souza elogia a ida do vice-presidente, ministro e negociador Geraldo Alckmin ao programa de Ana Maria Braga na Globo. Segundo Josias, enquanto o PT discute abstrações, Alckmin marcou um golaço ao ir falar diretamente com as donas de casa. Enquanto governo, instituições e setor produtivo tentam entender, mensurar e reagir ao pacote, Leonardo Sakamoto sustenta que, com sua atuação a favor do tarifaço, o deputado federal Eduardo Bolsonaro garantiu seu lugar como maior Judas na história do Brasil, batendo com folga Calabar, Joaquim Silvério dos Reis e outros traidores consagrados da pátria. O jurista Walter Maierovitch afirma que Eduardo, que abandonou as funções parlamentares por São Paulo para fazer lobby pelo tarifaço e pela liberdade de seu ainda não condenado pai, precisa ter sua prisão preventiva decretada logo —mas não pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o que tiraria a legitimidade do pedido. E por falar em Xandão, Reinaldo Azevedo celebra o fato de ele ter comparecido ontem à vitória de seu Corinthians no clássico contra o Palmeiras em Itaquera —numa mostra de que a vida e as instituições seguem firmes e não foram abaladas pelas sanções trumpistas. José Paulo Kupfer: Tarifaço não pariu um rato, mas livrou quase metade das exportações José Paulo Kupfer: Batalha do tarifaço foi menos sangrenta, mas guerra comercial pode ir longe Amanda Klein: Governo afasta retaliação por ora e deve tentar excluir mais setores Amanda Klein: Donald Trump faz caça às bruxas no Brasil Mariana Sanches: Isenção da Embraer no tarifaço pode ser retirada em breve Mariana Sanches: Senadoras dos EUA criticam Lei Magnitsky a Moraes: 'Absurdo' e 'indevido' Helton Simões Gomes: Tarifaço faz Brasil 'ficar para trás' em IA, diz indústria de software Carla Araújo: Lula pediu união para consertar o estrago causado por 'menino mimado' Josias de Souza: Ida de Alckmin ao programa de Ana Maria Braga é coisa de craque Josias de Souza: Há nova trama golpista em curso Leonardo Sakamoto: Eduardo Bolsonaro já conseguiu entrar para a História como Judas do Brasil Walter Maierovitch: Deve-se pedir prisão preventiva de Eduardo, mas não por Moraes Raquel Landim: Moraes avalia pedido de cautelar para afastar Eduardo Bolsonaro do mandato Walter Maierovitch: Sergei Magnitsky, que inspirou lei, se revira no túmulo com ato de Trump Reinaldo Azevedo: Derrota dos reaças e vitória de Lula. Xandão no estádio: 'Vai, Curintchia!' Reinaldo Azevedo: Os bolsonaristas comemoram com entusiasmo todas as suas brilhantes derrotas Mariana Barbosa: Após tarifaço, México passa EUA como segundo mercado para carne brasileira Ruy Castro: O túnel no fim da luz para Bolsonaro Marcos Augusto Gonçalves: Lula cresce e é hora de cassar Eduardo Bolsonaro |
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