quinta-feira, 16 de outubro de 2025

'Centrão de toga' ou solução? Ministros pressionam Lula por Pacheco no STF

 

O presidente Lula, em 29 de setembro, no STF, na posse de Edson Fachin como presidente da casa.

O presidente Lula, em 29 de setembro, no STF, na posse de Edson Fachin como presidente da casa.

Ricardo Stuckert/PR



Roger Modkovski

Ministros do Supremo Tribunal Federal disseram ao presidente Lula que temem que a escolha de um "nome fraco" para a vaga aberta pela saída de Luis Roberto Barroso vá debilitar a corte, informa a colunista Mônica Bergamo. Em jantar, Lula não deu indicações claras sobre o nome que indicará, mas garantiu aos magistrados que eles podem ficar tranquilos.

Os ministros presentes (Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino) apoiam o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o cargo, em nome da governabilidade. Lula, segundo fontes do Planalto, se inclina por Jorge Messias, advogado-geral da União.

Para o colunista Josias de Souza, quando magistrados articulam o nome de um colega com o presidente, o Supremo se transforma em um "centrão de toga", abdicando da independência prevista na Constituição ao "frequentar palácios e participar de conchavos".

Já o analista Reinaldo Azevedo defende que Lula ouvir membros do tribunal antes de definir sua escolha não é um problema, mas uma solução.

 

E Letícia Casado conversou com juristas e aliados de Lula que afirmam que, após a Lava Jato, o padrão para a escolha de ministros do STF mudou, com mais ênfase na confiança pessoal do que na excelência jurídica -movimento que começou quando o ex-presidente Michel Temer indicou Alexandre de Moraes.

 

Mônica Bergamo: Ministros do STF dizem a Lula em jantar que 'nome fraco' vai debilitar a Corte

Josias de Souza: Quando Supremo articula com presidente, vira centrão togado

Reinaldo Azevedo: Lula ouvir membros do STF para indicar o novo nome é solução, não problema

Reinaldo Azevedo: Proposta de cotas para o STF não é boa; fere uma das dimensões da política

Letícia Casado: Padrão de nomeação do STF mudou com escolhas pessoais após Lava Jato

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