Ministros do Supremo Tribunal Federal disseram ao presidente Lula que temem que a escolha de um "nome fraco" para a vaga aberta pela saída de Luis Roberto Barroso vá debilitar a corte, informa a colunista Mônica Bergamo. Em jantar, Lula não deu indicações claras sobre o nome que indicará, mas garantiu aos magistrados que eles podem ficar tranquilos. Os ministros presentes (Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino) apoiam o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o cargo, em nome da governabilidade. Lula, segundo fontes do Planalto, se inclina por Jorge Messias, advogado-geral da União. Para o colunista Josias de Souza, quando magistrados articulam o nome de um colega com o presidente, o Supremo se transforma em um "centrão de toga", abdicando da independência prevista na Constituição ao "frequentar palácios e participar de conchavos". Já o analista Reinaldo Azevedo defende que Lula ouvir membros do tribunal antes de definir sua escolha não é um problema, mas uma solução. E Letícia Casado conversou com juristas e aliados de Lula que afirmam que, após a Lava Jato, o padrão para a escolha de ministros do STF mudou, com mais ênfase na confiança pessoal do que na excelência jurídica -movimento que começou quando o ex-presidente Michel Temer indicou Alexandre de Moraes. Mônica Bergamo: Ministros do STF dizem a Lula em jantar que 'nome fraco' vai debilitar a Corte Josias de Souza: Quando Supremo articula com presidente, vira centrão togado Reinaldo Azevedo: Lula ouvir membros do STF para indicar o novo nome é solução, não problema Reinaldo Azevedo: Proposta de cotas para o STF não é boa; fere uma das dimensões da política Letícia Casado: Padrão de nomeação do STF mudou com escolhas pessoais após Lava Jato Anna Virginia Balloussier: Messias no STF divide líderes evangélicos entre empolgação, mal menor e rechaço Leonardo Sakamoto: Mulheres são só 9% do STF, 18% do Congresso e 26% dos ministros do governo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário