sábado, 25 de outubro de 2025

Sob tensão na América do Sul, Lula e Trump debatem tarifaço neste domingo

 

Lula no encontro das Nações do Sudeste Asiático em Jacarta, na Indonésia; ponto alto da viagem à Ásia será o esperado enconto com Trump

Lula no encontro das Nações do Sudeste Asiático em Jacarta, na Indonésia; ponto alto da viagem à Ásia será o esperado enconto com Trump

Ricardo Stuckert/PR


Roger Modkovski

O grande clássico do final de semana deve ser jogado no domingo: o aguardado encontro presencial entre Lula e Donald Trump para que, finalmente, negociem o tarifaço e as sanções a autoridades brasileiras impostos pelo governo dos EUA. O encontro ocorre na Malásia, mas em um momento de tensão na América do Sul, quando os EUA enviam à região um porta-aviões para "combater o tráfico de drogas".

A colunista Mariana Sanches espera que a reunião tenha, de um lado, os EUA suspendendo as tarifas extras, ao menos temporariamente, e talvez também tirando produtos brasileiros da lista de taxados; e, de outro, o Brasil se comprometendo com compras ou investimentos bilionários nos EUA, por intermédio de gigantes nacionais como Embraer e JBS.

Diplomatas ouvidos por Sanches acreditam que a reunião deve ter algum resultado concreto e descartam a possibilidade de ela ser uma "emboscada" como aquela a que foi submetido o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Amanda Klein afirma que Lula vai para a conversa sem a intenção de deixar temas controversos para depois: a questão das sanções norte-americanas a autoridades brasileiras deve ser abordada.

Sinal de alerta

Enquanto isso, o envio do USS Gerald R. Ford acendeu um alerta entre especialistas militares e de relações internacionais, relata Raquel Landim. O envio do porta-aviões, considerado o maior do mundo, geralmente precede intervenções militares americanas, segundo os analistas —que especulam que o ataque poderia ser à Venezuela ou à Colômbia.

Analistas ouvidos por Nelson de Sá afirmam que a intervenção poderia ocorrer em pleno encontro entre Trump e Lula, que vem defendendo a tradicional postura diplomática brasileira a favor da não intervenção.

 

Mariana Sanches: Brasil quer pausa no tarifaço e não crê em emboscada em encontro com Trump

Amanda Klein: Lula e Trump tratarão de temas diretamente ligados a Brasil e EUA

Raquel Landim: Porta-aviões dos EUA é antessala de intervenção, dizem especialistas

Nelson de Sá: Lula busca paz com Trump, mas bombas dos EUA caem cada vez mais perto


Nenhum comentário: