sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Banco Master e a Farra da Extrema Direita: Ministros de Bolsonaro ajudaram banqueiro preso

 


José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, virou peça-chave em investigações sobre suspeitas no sistema financeiro, avalia José Roberto de Toledo no A Hora, do Canal UOL.

Durante o governo Jair Bolsonaro, ex-ministros teriam intermediado tentativas de venda do banco, enquanto, sob Lula, a atuação do Banco Central e da Polícia Federal mudou de tom. Toledo destaca essas diferenças.

O Vorcaro teve um tratamento durante o governo Bolsonaro e outro tratamento completamente diferente durante a gestão Lula, seja no Banco Central, seja na Polícia Federal.José Roberto de Toledo

 

O caso expõe como figuras políticas, como Fábio Faria, Ciro Nogueira e Flávia Arruda, teriam atuado para facilitar negócios do Banco Master, incluindo tentativas de venda ao BRB, banco estatal do Distrito Federal.

Thais Bilenky aponta que a gestão passada do Banco Central teve acesso a dados sem agir. "Na gestão do Banco Central atual, porque a gestão anterior teve acesso a vários desses números e não tomou nenhuma providência, que fique claro."

 

Segundo Toledo, a política foi determinante para abrir portas. "António Rueda, presidente do União Brasil, e Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressista, abriram as portas do governo de Brasília para o governador Ibanez, que por sua vez abre as portas do BRB, que este sim formaliza uma proposta para comprar o Banco Master."

O envolvimento de ex-ministros chama atenção. "Três ministros de Bolsonaro, do Palácio de Bolsonaro, três ministros civis, enquanto os militares estavam conspirando para dar um golpe, os três estavam, aparentemente, com outras preocupações", diz Toledo.

As operações policiais e pressões sobre órgãos reguladores mostram o peso da relação entre política e finanças. "Essa operação foi deflagrada essa semana, mas há meses a gente acompanha cada capítulo dessa novela que vem se desenrolando. Então teve a pressão no Banco Central, na diretoria. A diretoria rachou em relação ao Banco Master. Depois teve pressão na CVM também por conta dos tipos de negócios operados pelo Banco Master", diz Bilenky.

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