Recheadas de artistas, manifestações organizadas pela esquerda levaram milhares de pessoas às ruas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades do país contra o PL da Dosimetria. Aprovado pela Câmara e na fila do Senado, o projeto de lei reduz a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa frustrada de golpe de Estado, e de outros condenados pela trama golpista. Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), ele é problemático por beneficiar condenados por outros delitos, como corrupção e crimes sexuais —o que aliás vai contra o habitual discurso punitivista da extrema direita. O colunista Josias de Souza percebe que, neste e nos atos anteriores da esquerda, aliados deixaram claro que a tática de Lula para tentar a reeleição em 2026 será adotar uma postura antissistema: denunciando o "Congresso inimigo do povo" e alardeando que o presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), está a serviço da oligarquia política e do bolsonarismo. Josias também denuncia os "jabutis" enfiados por centrão e bolsonaristas no PL. Para o colunista, trata-se de aprovar "lixo legislativo" que não tem nenhuma relação com o tema do PL, amolecendo o pacote anticrime sancionado pelo próprio Bolsonaro quando na Presidência. O comentarista Leonardo Sakamoto afirma que o fato de os atos terem levado menos gente às ruas que as manifestações contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia não desmerecem a causa, apesar das críticas do bolsonarismo —que também não consegue mais levar grandes multidões aos protestos pró-golpistas. Josias de Souza: Aliados expõem na rua tática de Lula para 2026: o 'antissistema' Josias de Souza: Dosimetria é terreno baldio onde criminosos jogam lixo legislativo Leonardo Sakamoto: Bolsonarismo ironiza multidão antidosimetria, mas ato pró-golpistas flopou |
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