quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CPI da Pedofilia em Açailândia

CPI da Pedofilia em Açailândia
Vítima confirma ameaça de rede de prostituição para silenciá-la

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, que investiga crimes de pedofilia no Estado do Maranhão, realizou na tarde de ontem (10) uma sessão extraordinária para ouvir relatos de duas adolescentes, vítimas de abuso sexual, anos atrás, no município de Açailândia. Mas apenas uma delas compareceu para falar à CPI da pedofilia. O crime aconteceu há três anos.

A adolescente faz parte do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e chegou ao local para ser ouvida protegida por policiais.

Emocionada e demonstrando nervosismo, ela não quis falar, apenas respondeu perguntas feitas pelo delegado Paulo Moreira, da Superintendência de Polícia do Interior do Estado.
Em suas respostas, a adolescente reafirmou que foi ameaçada de morte pelos homens que abusaram sexualmente dela e de outras meninas, caso denunciasse o caso à polícia ou contasse para alguém.

Ela também confirmou que foi levada a um prédio da prefeitura de Açailândia, onde lhe ofereceram dinheiro para ficar calada. Ela respondeu que espera por justiça.

Como faz parte do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas, a adolescente mora em outro Estado e, segundo ela, não vê a família, que mora em Açailândia, há cerca de três anos.

A deputada Eliziane Gama (PPS), presidente da Comissão, disse que as denúncias não param de chegar e que o prazo de duração da CPI, que é de quatro meses, se tornou pouco diante do grande volume de denúncias.

Quanto à realização da CPI da Pedofilia em Açailândia, nesta quinta e sexta-feira, a presidente da Comissão disse estar confiante em bons resultados. A deputada disse ainda que vai pedir mais estrutura para o Provita.

O delegado Paulo Moreira disse que a prostituição infantil já faz parte da paisagem de Açailândia e que a prostituição que se encontrava na beira das estradas adentrou à cidade. Ele informou ainda o caso de um advogado da cidade que pratica a apologia ao crime de prostituição infantil.

O advogado conhecido por Dr. Borges publica matérias na rede de computadores onde defende e incentiva o crime. Em uma dessas matérias, o advogado afirma que o "crime de prostituição infantil não é crime". O delegado lamentou que a Justiça tenha fechado os olhos para o caso.

Além dos citados, participaram da CPI os deputados Domingos Paz (PSB), Fábio Braga (PMDB) e o presidente da Casa, deputado Marcelo Tavares (PSB).
Fonte: O Progresso

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