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terça-feira, 17 de novembro de 2009

CPI da Pedofilia em Açailândia

CPI da Pedofilia em Açailândia
Secretaria de Direitos Humanos e PAIR-MA foram muito bem representados.

A CPI da Pedofilia contou com a participação de vários setores do Estado, dentre os quais, representantes da Secretaria de Direitos Humanos do Estado e do PAIR-MA. Representaram ambos os órgãos a Psicóloga Forense Dra. Rosângela Guimarães Rosa e o Professor - Psicanalista Arthur Fernando Camões.
Nossa equipe conversou com o professor Arthur Camões, que falou dos trabalhos da CPI e explicou sobre o que é o PAIR - MA e o papel da Secretaria dos Direitos Humanos nos trabalhos.

"Sem dúvida a CPI da Pedofilia em Açailândia foi de suma importância na tentativa de diminuir a sensação de impunidade enraizada em muitas pessoas. Logicamente que nem tudo pôde ser resolvido em dois dias, mas sem dúvida a CPI manda um recado incisivo àqueles que abusam de nossas crianças e deixa claro que estará sempre presente na busca pela punição de todos os aliciadores e integrantes de redes de pedofilia no Estado.
A CPI na presidência da Dep. Eliziane Gama serve de exemplo, pois consegue reunir várias esferas do Estado unidas em um só objetivo. Isso mostra que a integração entre Estado e Sociedade civil sempre terá força na luta contra os problemas que afligem todos ,e sobretudo, os que atingem nossas crianças.
Sobre o PAIR-MA, o professor esclarece:
O PAIR é um programa do governo federal de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto - Juvenil no Território Brasileiro. No Maranhão tem a brilhante coordenação da Dra. Rosângela Guimarães Rosa e busca combater através ações em diversas áreas esse problema que tanto agride as nossas crianças. Temos ações em várias cidades do Maranhão.

E breve será lançado um livro que é resultado de dois anos de trabalhos, onde neste estaremos colocando em números a atual situação da exploração sexual em alguns interiores do Estado e analisando do ponto de vista social por que as redes de pedofilia crescem, sobretudo, nos municípios menos favorecidos. Açailândia foi um desses municípios estudados e o nosso relatório será com certeza de suma importância e leitura obrigatória para a sociedade deste e de outros municípios.


A Secretaria de Direitos Humanos na gestão do Secretário Sérgio Victor Temer, que faz um brilhante trabalho na frente desta, vem a CPI com o intuito de analisar os procedimentos aqui realizados e, sobretudo, ajudar de forma incondicional todas as tentativas de preservação dos direitos de nossas crianças. Observamos a total responsabilidade dos integrantes da CPI no tocante à preservação dos direitos fundamentais de todos os envolvidos.

Vimos que a CPI é feita de pessoas competentes que entendem e conhecem a fundo a nossa legislação e que em face disso em nenhum momento tiveram quaisquer atitudes que viessem a ferir qualquer preceito legal na manutenção dos direitos fundamentais. Vimos aqui, uma aula de como se conduzir bem um trabalho. Todos aqui foram absolutamente respeitados independentemente da sua condição de vítima, acusado, colaborador, informante, sociedade civil.

A Dep. Eliziane Gama está de parabéns, pois conduziu de forma incontestável essa que é uma Comissão que serve de exemplo para muitas outras que virão.
Fonte: Rei dos Bastidores.


Comentário meu: Meus parabéns ao Blog Rei dos Bastidores pela cobertura completa dos trabalhos da CPI em Açailândia, sempre buscando a transparência das informações que foram prestadas aos leitores/internautas. Essa é uma grande demonstração do crescimento da imprensa tecnológica e da realidade do jornalismo em tempo real nos computadores de Açailândia.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CPI da Pedofilia em Açailândia

CPI da Pedofilia em Açailândia
Acusado chora e afirma nunca ter praticado sexo com adolescente

A CPI da Pedofilia ouviu na tarde de ontem (12) Geraldo Henrique Menezes, o "Geraldo da Motoca", um dos sete envolvidos no "Caso Provita". Ele depôs perante os membros da comissão na condição de testemunha, embora figure no processo como acusado. Geraldo se fez acompanhar por dois advogados e negou durante todo o depoimento que conhecesse as meninas que o acusaram da prática de orgias sexuais em motéis da cidade.

Geraldo Menezes derramou lágrimas perante a CPI, jurando nunca ter saído com garotas de programa ou ter pago qualquer mulher em toda a sua vida para a prática de sexo. Disse que toda a sua família é evangélica, tem dois filhos, ama e respeita a sua esposa.

Ele também negou conhecer Fabiano Sousa Silva, que seria o agenciador de meninas para pessoas influentes de Açailândia. Admitiu conhecer apenas outros dois acusados – Luís Janes Silva e Silva e Ildenor Gonçalves, mas que nunca saiu com eles ou fez parte do círculo de amizade de qualquer um deles.

Parte das informações prestadas por "Geraldo da Motoca" foram de encontro às informações prestadas à CPI pelo estudante Fabiano Sousa Silva, que figura no "Caso Provita" como o possível agenciador de adolescentes para orgias sexuais com homens influentes de Açailândia. Em depoimento à tarde, ele confirmou que à época em que o caso veio à tona, por volta de 2004, ter visto Geraldo em uma lanchonete na praça do Pioneiro na companhia de adolescentes.

O depoimento de Fabiano foi cheio de contradições. Inicialmente ele negou conhecer o advogado Antonio Borges Neto e disse não saber do envolvimento dele com as meninas. Mais adiante, no mesmo depoimento, afirmou ter estado um dia na casa de Borges, onde duas adolescentes amigas suas estavam hospedadas há duas semanas fazendo programa sexual.

Fabiano também garantiu que não recebia dinheiro para agenciar meninas e que conheceu as duas adolescentes que denunciaram a prática de sexo com empresários e políticos de Açailândia em uma lan house, tendo participado com elas de "corujões" onde eram fotografadas nuas. Confirmou que muitos homens influentes ligavam para ele solicitando a companhia das adolescentes e que as mesmas recebiam dinheiro diretamente das mãos deles.

O possível agenciador afirmou que esteve em uma reunião com as duas adolescentes, convocada por Luís Janes Silva e Ildenor Gonçalves, sendo que os dois prometeram pagar a elas R$ 10 mil para que não prestassem qualquer informação à polícia sobre este caso, dinheiro este que elas não aceitaram receber e que por isso teriam sido ameaçadas por Janes e Ildenor.

O depoimento de Fabiano estava sendo aguardado com expectativas pelos membros da CPI porque ele teria informações importantes a acrescentar ao "Caso Provita", porém à maioria das perguntas afirmou que só responderia reservadamente por questão de segurança. Disse que está sendo ameaçado e que só declinará os nomes em conversa reservada com os deputados. Ele também pediu proteção a si e à sua família.

A CPI também ouviu à tarde uma vítima da prostituição de Açailândia, que prestou depoimento com o rosto coberto. Hoje ela está casada e com filhos, mas afirmou que participou de orgias sexuais com outras duas adolescentes, patrocinadas pelos mesmos homens que figuram como acusados no "Caso Provita". A informante disse ter sido agenciada, por Fabiano, por volta de 2004, para os programas sexuais junto com as duas colegas e que recebia cada uma cerca de R$ 30.
(Fonte: Agência Assembleia)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CPI da Pedofilia em Açailândia

CPI da Pedofilia em Açailândia
Vítima confirma ameaça de rede de prostituição para silenciá-la

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, que investiga crimes de pedofilia no Estado do Maranhão, realizou na tarde de ontem (10) uma sessão extraordinária para ouvir relatos de duas adolescentes, vítimas de abuso sexual, anos atrás, no município de Açailândia. Mas apenas uma delas compareceu para falar à CPI da pedofilia. O crime aconteceu há três anos.

A adolescente faz parte do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e chegou ao local para ser ouvida protegida por policiais.

Emocionada e demonstrando nervosismo, ela não quis falar, apenas respondeu perguntas feitas pelo delegado Paulo Moreira, da Superintendência de Polícia do Interior do Estado.
Em suas respostas, a adolescente reafirmou que foi ameaçada de morte pelos homens que abusaram sexualmente dela e de outras meninas, caso denunciasse o caso à polícia ou contasse para alguém.

Ela também confirmou que foi levada a um prédio da prefeitura de Açailândia, onde lhe ofereceram dinheiro para ficar calada. Ela respondeu que espera por justiça.

Como faz parte do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas, a adolescente mora em outro Estado e, segundo ela, não vê a família, que mora em Açailândia, há cerca de três anos.

A deputada Eliziane Gama (PPS), presidente da Comissão, disse que as denúncias não param de chegar e que o prazo de duração da CPI, que é de quatro meses, se tornou pouco diante do grande volume de denúncias.

Quanto à realização da CPI da Pedofilia em Açailândia, nesta quinta e sexta-feira, a presidente da Comissão disse estar confiante em bons resultados. A deputada disse ainda que vai pedir mais estrutura para o Provita.

O delegado Paulo Moreira disse que a prostituição infantil já faz parte da paisagem de Açailândia e que a prostituição que se encontrava na beira das estradas adentrou à cidade. Ele informou ainda o caso de um advogado da cidade que pratica a apologia ao crime de prostituição infantil.

O advogado conhecido por Dr. Borges publica matérias na rede de computadores onde defende e incentiva o crime. Em uma dessas matérias, o advogado afirma que o "crime de prostituição infantil não é crime". O delegado lamentou que a Justiça tenha fechado os olhos para o caso.

Além dos citados, participaram da CPI os deputados Domingos Paz (PSB), Fábio Braga (PMDB) e o presidente da Casa, deputado Marcelo Tavares (PSB).
Fonte: O Progresso