Açailândia - Pequiá, distrito industrial de Açailândia/MA. A cidade, que muitos consideram promessa para o futuro e o crescimento, vive nesses dias mais um conflito.
Dezenas de trabalhadores das siderúrgicas Viena e Fergumar paralisaram os trabalhos de forma geral a partir de segunda-feira 14 de fevereiro. Outras dezenas de moradores do povoado de Piquiá de Baixo uniram-se a essa luta em defesa do direito à moradia e à saúde: as atividades das siderúrgicas há vinte anos poluem o ar e a vida de mais de 300 famílias cercadas pelos empreendimentos.
Desde agosto 2009, os trabalhadores da Viena Siderúrgica tiveram sua jornada de trabalho reduzida e seu salário cortado. Ganham atualmente ao redor de um salário mínimo por mês, trabalhando em turnos cansativos, inclusive à noite, em condições pesadas e arriscadas. Não raramente é pedido aos trabalhadores de ‘dobrar’ seu turno, chegando assim a doze horas consecutivas de trabalho. A cesta básica mensal foi suspensa pela diretoria da empresa logo após a assinatura da convenção coletiva. Nos últimos meses o assédio moral da empresa se fez ainda mais forte.
Há mais de dois anos os moradores de Pequiá de Baixo reivindicam com seu grito desesperado a saída da área poluída onde residem: sonham um futuro mais digno e saudável pelo menos para seus filhos. Exigem respeito e o direito à indenização por seu sofrimento todo. Mesmo assim, as siderúrgicas nem sequer acenaram à compra do terreno onde deslocar os moradores (uma despesa mínima, pelo tamanho de investimentos delas). O Ministério Público concedeu prazos sucessivos que venceram, desde dezembro, sem conseguir resposta.
O povo e os trabalhadores não podem esperar nem mais um pouco! A mobilização ampla está prejudicando a produção da Viena Siderúrgica, que se viu obrigada, pelo que alguns testemunhos relatam, a contratar terceirizados do ramo da construção civil para manter ligados seus fornos. Isso é extremamente grave e perigoso, faltando a esses terceirizados competências técnicas. Um empregado, que ficou trabalhando para cobrir a ausência dos colegas, desmaiou por duas vezes na boca do forno pelo cansaço e a carga de trabalho.
O conflito está posto e aparecem cada vez mais evidentes as contradições e responsabilidades das empresas siderúrgicas para com trabalhadores e moradores.
O coletivo não vai suspender a greve até que não for discutida e encaminhada uma pauta de cinco pontos, redigida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Açailândia e a Associação de Moradores de Pequiá, a respeito de salários, garantias de trabalho, saúde e moradia.
CUT Maranhão, CNM Brasil, Paróquia São João Batista, Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, Centro comunitário Frei Tito, Rede Justiça nos Trilhos apóiam a greve e a manifestação popular.
2 comentários:
é lamentavel o que se passa na viena nesse momento to vindo de lá agora e os pobres pais de familia que se encontram na empresa nesse momento não tem nem previsão de que horas vão sair, estão completando o terceiro turno no lugar de quem aderiu a greve, os chefes não estão nem ai pra eles o que inporta pra eles é o alto forno ligado o resto que se dane, estão falando que essa greve não vai dar em nada e que vão vencer os manifestantes pelo cançaso. é dessa forma que a viena siderúgica trata seus colaboradores, sem contar que os demais estão sofrendo pressão psicológica pela chefia... é lamentavel, até quando vamos aguentar isso e ficarmos calado?
EU ACHO QUE VOCE ANDOU CONVESSANDO COM MEUS AMIGOS, VC COMETOU NA NO SEU PROGRAMA, NESTE ANO O QUE JA FALEI PARA MUITOS NO ANO PASSADO. COMO EU VOCE NÃO SOMOS IDIOTA JA VIMOS ANTECIPADAMENTE A ESTRATEGIA INFALIVEL QUE O PREFEITO USARA PARA FAZER SEU SUCESSOR, COMO 2+2=4 ELE VAI NOSBAST.ARTICUL A CANDIDATURA DE VARIOS, COMO ELE TEM 19 MIL VOTOS DOS ANALFABETOS FUNCIONAIS DE AÇAILANDIA, VAI GANHAR AS PROX. ELEIÇÕES, COM CERTEZA E COM FOLGA,VAI SER TÃO PUVERIZADOS OS VOTOS QUE SEU SUCESSOR PRECISARA DE 16.000 VOLTOS VAI SER MAIS FALCIL DO QUE ACHAR DINHEIRO EM CALÇADA ALTA NÃO TENHO DUVIDA
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