sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mais uma do meu amigo Anfrísio…

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Ué, e nós temos um “dia”?

(Dia 15 de julho, dia internacional do homem)

Este cronistinha de pouca tinta está vivendo, hoje, na áurea de uma nova expectativa de vida do brasileiro que, dizem, agora passa dos 72 anos. E foi nessa fase de promessa existencial que descobri quão desvalorizados estamos, enquanto homens!

E alguns metidos a “experts” em sexologia, antropologia, sociologia... “futricologia”e etc. comentam que muitos de nós somos alvos de sérias críticas por parte da mulherada, não somente por nossa falta de urbanidade, respeito, amizade cavalheirismo ou educação, mas também porque andamos nos omitindo quanto ao quesito“contrapartida” sexual propriamente dita.

É isso mesmo. Algumas representantes do “mulherio” têm reclamado que, além da qualidade de nossa pegada está em baixa (o nosso “trato”), pasmem, há, até, escassez de boas ofertas!

Pois bem. Voltando ao título desta crônica (lá em cima), teriam sido essas as razões que levaram “iluminados” a dedicarem apenas o “diazinho” 15 de julho ao homem?

Depois de alguns longos segundos em absorta meditação, este escribinha (agora metido a filósofo) chega a pensar que essa idéia não pode ter partido de um verdadeiro representante do nosso “clube”. Isso só pode ser coisa de gente metida a concorrente ou encabulada (ops, essa veio lá do Ceará) com a nossa “raça”. Só um tipo assim para imaginar e engendrar uma tolice deste quilate: estabelecer um único dia, e um dos piores do mês de julho, para ser havido como “dia internacional do homem”.

Conforme pesquisas realizadas pelo “IPVOP - Institutinho de Pouca Voz de Opinião Povoal”, taxativa ou inquestionavelmente, ninguém foi capaz de afirmar o que teria motivado essa triste escolha. O que aconteceu de tão importante nesse dia que, na obtusa visão de seus “idealizadores”, foi suficiente para sintetizar, restringir, resumir a apenas “01zinho” os outros 361 dias do ano (descontando os 04 que já havíamos considerado como perdidos: 08 de março, dia internacional da mulher; 28 de abril, dia da sogra; 2º domingo de maio, dia das mães; e 28 de junho, dia do orgulho gay e véspera do dia de São Pedro, São Paulo e do papa)?

Êpa! Juro pela avozinha do Zé bucho de pacamão ovado (que já nasceu morta) que não estou respigando nessas mal“escrevinhadas” linhas nenhum sentimento de machismo. Sério! Não estou a defender que deveriam aquelas datas ser dedicadas ao “bicho” homem, gênero masculino da maior espécie de predadores naturais (calma, também não quero guerra!).

Mas esperem um pouco, companheiros representantes da ”macharada”. Vejam quem comemora conosco um dia para chamar de seu, em 15 de julho: os clubes nacionais e o descobrimento da foz do Iguaçu. Alvíssaras! Parabéns!

Satisfeitos? Eu não! Depois de saber o que nos acompanha “comemorativamente” nesse dia, fico ainda mais injuriado. Puxa! Por que não nos incluíram nas comemorações do dia 14 (dia universal da liberdade de pensamento)? Ou do dia 20 (dia mundial do amigo, dia internacional da amizade)? Parece que resolveram mesmo foi nos esculachar, ora, ora!

Outro incômodo em relação a essa bobagem de dia internacional do homem é que, com justa razão, muitas mulheres ainda nos colocam a pecha de invejosos por querermos, tal qual elas, ter no calendário um dia inteiramente dedicado a nós. Prezadas senhoras, mesmo depois da cafajestada daquele goleiro maluco (que em muito abalou a reputação masculina), este cronistinha noticia-lhes que dispensamos totalmente essas míseras 24 horas que algum parlapatão decidiu impingir-nos. Estamos garantidamente satisfeitos com as outras 8.664 horas restantes do ano, tá!

Brincadeiras à parte, quiçá essa data não pegue: passamos muito bem sem ela, até hoje. Além do mais, o mundo capitalista não precisa de mais um dia para mostrar sua sanha em faturar, obter lucro e, com isso, endividar o “toleirão”, o boboca que não pode tomar conhecimento de um novo chamado para consumir, que, lá vai ele, claro, contrair mais dívidas.

Voltemos lá ao primeiro parágrafo: a nossa longevidade está aumentando, certamente, não porque consumimos mais ou menos, mas em razão de termos cuidado melhor de nós mesmos, invariavelmente, quando decidimos aceitar os conselhos e os ensinamentos de especialistas (masculinos, claro) que nos oferecem dicas de saúde, tranqüilidade, paz, bom humor e o mínimo de estresse possível (aí incluída a útil e utilizadíssima tática de se esconder um pouquinho daquela “obrigação” carrascamente reclamada por nossas “algozes”companheiras).

A propósito, você já teria ouvido falar em “dia internacional do homem”? Eu não!

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