Manifestantes ameaçam novas intervenções caso a Vale não dialogue com as comunidades sobre seus projetos.
No fim da tarde de ontem (19/01), os manifestantes das comunidades rurais de Açailândia liberaram a via que impedia os funcionários da Vale de acessarem o canteiro de obras de duplicação da Estrada de Ferro de Carajás, instalado na região.
Depois de uma reunião entre membros das comunidades de Novo Oriente, Francisco Romão, Planalto I e II e acampamento João do Vale e uma cúpula de 21 funcionários da Vale, parte vindos de São Luis, a principal reivindicação foi alcançada.
A Vale se dispôs a custear 500 horas de trator para fazer os campos agrícolas e abrir as vicinais que dão acesso aos lotes e suas plantações.
No entanto, Divina Lopes da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST, no Maranhão esclarece, “a reivindicação concreta e emergencial foi atendida mas a manifestação vai além disso, isso mostra que as comunidades estão articuladas e que a Vale não vai impor seus planos da maneira que bem entende.
Assim, uma série de projetos de educação, saúde e segurança para a população à margem da via férrea serão preparados pelas comunidades e entregue a mineradora e a Prefeitura Municipal de Açailândia solicitando posto de saúde, melhoria na escola, além de passarelas, viadutos e alambrados evitando atropelamento de pessoas e animais.
Indagados, membros da cúpula da Vale que estiveram no local ontem não quiseram manifestar-se perante a imprensa.
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