Açailândia - Foi realizada na Câmara Municipal de Açailândia uma audiência pública para tratar das necessidades das pessoas com deficiência. Participaram da audiência, representantes de várias entidades ligadas à pessoa com deficiência, vereadores, policia militar, OAB e secretários municipais. A audiência pública coordenada pela promotoria ouviu denúncias e reclamações de surdos, mudos e pessoas com outras deficências. Segundo dados do IBGE, o município de Açailandia tem 25 mil pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. E a grande maioria não tem acesso aos direitos nas áreas da educação, saúde e transporte.
A audiência pública teve como objtivo, colher denúncias e apontar soluções que possam melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população. Exemplos diversos de desrespeito à pessoa com deficiência foram apresentados pelos representantes da mesa e o público presente. Uma professora da educação especial reconheceu que nem todas as colegas estão preparadas para atender a necessidade dos alunos, o que dificulta o processo de inclusão. O jornalista José Luis da Silva, reclamou da dificuldade de locomoção. Morador do assentamento Califórnia, ele disse que só chega no centro de Açailândia de táxi porque não há ônibus coletivo. E essa semana passou por um constrangimento quando precisou de atendimento médico. Coletou material para exame de sangue no meio da rua, porque o prédio do laboratório em que foi não há rampa de acesso. "O acesso é uma escada e não há rampa nem para a calçada. O proprietário disse para eu reclamar ao secretário de saúde", afirmou José Luis. E ele fez isso na audiência.
As dependências da própria Câmara, que não tem banheiros adaptados para deficientes foram citadas nas reclamações. A presidente Lenilda Costa se comprometeu em resolver o problema, no prédio da Câmara. Ela também parabenizou a iniciativa do ministério público com a audiência, que deve garantir outras mudanças positivas para os deficientes.
Segundo a vereadora Fátima Camelo, que também esteve presente, vários outras solicitações na câmara deverão melhorar os serviços prestados aos deficientes, uma delas de sua autoria como o Centro de Atendimento que vai oferecer diversos serviços à pessoa com deficiência.
Para o presidente a OAB, Erno Sorvos, o compromisso deve ser amplo para que os direitos básicos sejam assegurados aos deficientes. Ele cobrou da secretaria de Meio Ambiente um posicionamento mais rigoroso aos donos de lava jato. Os resíduos da atividade que que ficam no meio das ruas torna mais difícil a vida, principalmente dos cadeirantes, que sempre estão sujando as mãos ao manusearem as cadeira.
O secretário de saúde, Denison Gigante reconheceu que ainda há muito que melhorar no atendimento as pessoas com deficiência e o município vai fazer.
Todas as reclamações e sugestões serão avaliadas pelo ministério público, através da promotora Samira Mercês, que deve dar uma resposta aos deficientes através da assinatura de TAC´S, termos de ajuste de conduta entre os orgãos competentes.
por Celia Fontinele
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