segunda-feira, 30 de outubro de 2023

ONU aprova trégua em Gaza, mas Israel mantém ofensiva e mundo teme escalada

 

Bombardeio intenso na Faixa de Gaza na noite desta sexta-feira (27)
Bombardeio intenso na Faixa de Gaza na noite desta sexta-feira (27)
Reprodução de vídeo via AFP - 27.out.2023
 
  
ONU aprova trégua em Gaza, mas Israel mantém ofensiva e mundo teme escalada

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira (27) por ampla maioria uma resolução que pede uma "trégua humanitária" imediata na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O texto teve 120 votos a favor -inclusive o do Brasil-, 14 contra -inclusive os de Israel e dos EUA- e 45 abstenções.

A adoção tem apenas caráter de recomendação e coincide com uma ofensiva militar israelense sobre o território palestino, gerando temores de uma escalada na crise.

O serviço de telefonia móvel e de internet em Gaza foi cortado após bombardeios nesta tarde. O apagão de telecomunicações é mais uma mostra da deterioração da situação humanitária em Gaza e também seria um indício de que a invasão da região por terra pelas tropas israelenses, em represália ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, seria iminente.

O colunista Josias de Souza criticou a inoperância da diplomacia internacional e afirmou que a expectativa de que uma resolução da ONU vá frear a guerra entre palestinos e israelenses é apenas um "teatro", com efeito meramente "decorativo".

Josias também estranha o fato de Yair, filho do premiê Benjamin Netanyahu, estar na Flórida publicando posts para encorajar as tropas israelenses que vão arriscar suas vidas no campo de batalha, quando ele mesmo, aos 32 anos, é um reservista.

Já Tales Faria mostra a preocupação de que a guerra envolva as potências bélicas mundiais e evolua para um conflito nuclear. "Nesse momento, qualquer coisa que seja feita para evitar um conflito final é o ideal", diz, referindo-se às tratativas diplomáticas.

Finalmente, a colunista Cristina Fibe faz um paralelo entre a guerra em Gaza e a violência miliciana no Rio, explicando que em ambos os casos as mulheres são vítimas da chamada "masculinidade bélica". "Invisíveis e silenciadas, elas pagam um preço alto pela lógica bélica masculina", diz.

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