terça-feira, 31 de outubro de 2023

Cessar-fogo longe, o terror em Gaza e o marketing do terror

 

Fumaça e poeira após ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (30)
Fumaça e poeira após ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (30)
SAID KHATIB / AFP
 
  
Cessar-fogo longe, o terror em Gaza e o marketing do terror
Roger Modkovski

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (30) que Israel não pretende entrar em um acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, depois de 24 dias da guerra que se seguiu ao ataque terrorista do grupo extremista palestino ao território israelense.

Na madrugada desta segunda, as tropas israelenses afirmaram ter realizado ataques contra cerca de 600 alvos do Hamas em Gaza, incluindo locais de armazenamento de armas, esconderijos e locais de preparação enquanto a incursão continua a expandir as operações terrestres. Palestinos no norte de Gaza relataram ataques aéreos e de artilharia. Os mísseis israelenses atingiram áreas próximas dos hospitais Al-Shifa e Al-Quds.

A situação humanitária do território palestino segue cada vez mais precária.

Leonardo Sakamoto deu voz a uma palestina que denunciou que o Exército de Israel, após ter ordenado que mais de um milhão de palestinos evacuassem suas casas no norte do território, também está bombardeando o sul, que em tese seria mais seguro. Segundo ela, "hoje não há lugar seguro em Gaza".

Comentando a fala de Netanyahu descartando o cessar-fogo, Sakamoto também afirma que, ao agir assim, Israel "se equipara ao terrorismo do Hamas".

O colunista Rodrigo Ratier também ouviu um palestino do sul de Gaza que relatou destruição de lares, falta de água, eletricidade e tudo. "Não somos o Hamas. Somos civis. Rezem por nós", diz o homem identificado como Abdel, em uma mensagem desesperada.

E Tales Faria alerta para o fato de que, nesta guerra, está sendo usado o "marketing do terror", com imagens de barbaridades cometidas de lado a lado sendo difundidas para ajudar a conquistar corações e mentes para uma ou outra versão do conflito. "É impressionante como vivemos um período triste da humanidade", diz Tales.

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