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'Joia da coroa' de Tarcísio, privatização da Sabesp pode municiar oposição? |
Roger Modkovski |
A Assembleia Legislativa de São Paulo autorizou nesta quarta-feira (6), em votação única, a privatização da Sabesp, companhia de saneamento do estado. Após conflito com a PM, a oposição saiu do plenário e não votou, permitindo um placar de 62 a 1 a favor da proposta. O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer diminuir a participação do estado na companhia dos atuais 50% para até 15%, mas o percentual ainda não está definido. O governador argumenta que a privatização -que ele quer tornar a "joia da coroa" de sua gestão- diminuirá as tarifas, mas a oposição discorda e planeja contestar a sessão e o resultado. Reinaldo Azevedo argumenta que a privatização é ilegal, de acordo com a Constituição estadual, que diz explicitamente que a concessionária de água e esgoto deve ter maioria acionária do governo. Ele afirma que fará sentido a Justiça proibir o processo e lamenta que em São Paulo, cada vez mais, "a polícia aparece mais que o político". Leonardo Sakamoto argumenta que a privatização vai na contramão da tendência mundial de reestatização de serviços de saneamento -e exemplifica com Berlim e Paris. O retorno ao controle estatal ocorre, segundo ele, depois das altas de tarifas e baixas de investimentos que comumente se seguem às privatizações. Já Josias de Souza aponta as fragilidades do texto apresentado por Tarcísio à assembleia, comparando-o a uma feijoada com muito caldo, pouco feijão e sem carne. Para Josias, a privatização da Sabesp corre o risco de se tornar a principal munição da oposição ao governador nas eleições de 2024 e 26. Reinaldo Azevedo: Sabesp: Texto votado é ilegal. Ou: A polícia aparece mais do que Tarcísio Leonardo Sakamoto: São Paulo privatizará Sabesp enquanto o mundo reestatiza empresas de água Josias de Souza: Venda da Sabesp: o voto mais importante foi o solitário 'não' |
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