terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Gigantes da bola se despedem, mas deixam suas marcas no placar da história

 

Franz Beckenbauer, durante as quartas de final da Copa de 79, entre a Alemanha Ocidental e a Inglaterra
Franz Beckenbauer, durante as quartas de final da Copa de 79, entre a Alemanha Ocidental e a Inglaterra
Peter Robinson - EMPICS/PA Images via Getty Images
 
  
Gigantes da bola se despedem, mas deixam suas marcas no placar da história

Entre a sexta-feira e esta segunda, dois gigantes do mundo da bola nos deram adeus. Primeiro, Zagallo, único tetracampeão mundial, colecionador de títulos como jogador e como técnico da seleção. Depois, Beckenbauer, maior jogador da história do futebol alemão, também vencedor de muitos troféus como jogador e como técnico de seleção.

Para o Casagrandenão houve treinador mais respeitado no mundo que Zagallo, a quem considera um revolucionário taticamente. Casão tinha Beckenbauer, o "Kaiser", como um de seus heróis: "Gênio".

Juca Kfouri lembrou de rusgas que teve com o Velho Lobo, um ídolo seu, para concluir: "Zagallo está na história do futebol como um de seus gigantes." Mas o adjetivo para o histórico craque alemão é outro: "Monumental". Beckenbauer, para Juca, "merece uma estátua na porta do principal estádio de cada país em que se cultue o futebol".

O colunista Paulo Vinícius Coelho não poupou tinta para escrever sobre o tetracampeão mundial. Seu papel na equipe revolucionária da Copa de 70 consistiu em montar "a mais bem acabada transição entre o futebol dos largos espaços para a necessidade de elaborar estratégias de ataque, para abrir defesas". Ele conta também por que Zagallo estava à frente de seu tempo. E lamenta a escassez de livros sobre um ícone do tamanho de Zagallo. Sobre a despedida de Beckenbauer, PVC parafraseou a jornalista Eliane Brum: o mundo da gente morre antes da gente.

Zagallo só foi superado na história da seleção brasileira por Pelé, escreve o Renato Maurício Prado. "Conservador nos costumes e na política, em seus bons tempos, Zagallo foi um revolucionário no futebol." RMP ainda relata uma história saborosa com Franz Beckenbauer no ano de sua estreia como técnico da seleção alemã, na Copa de 1986.

Com tantas homenagens e memórias, a partida desses nomes colossais do esporte ao menos é acalentada ao sabermos que suas trajetórias e conquistas permanecerão em destaque no placar da história.

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