terça-feira, 26 de novembro de 2024

Áudios de militares revelam articulação golpista: 'É guerra civil agora ou depois'

 

Bolsonaro e o general Mario Fernandes em quartel do Exército em Goiânia
Bolsonaro e o general Mario Fernandes em quartel do Exército em Goiânia
Isac Nóbrega / Presidência da República
 
  

Carolina Juliano

Gravações mostram os planos para manter Bolsonaro na Presidência. Áudios obtidos pela Polícia Federal nas investigações sobre os planos para manter Bolsonaro na Presidência mostram a participação ativa na articulação golpista do general Mário Fernandes, um dos presos na operação da PF da semana passada, e conversas com outros militares, como o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu. As gravações integram a investigação sobre o plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma delas, o general Hélio Osório de Coelho diz que é capaz de "morrer por essa nação" e que se recusa a viver sobre o "jugo de bandidos criminosos, comunistas". Em outra, o coronel Roberto Criscuoli falou em "guerra civil agora ou guerra civil depois" ao citar uma suposta resposta popular à vitória de Lula. Ouça ou áudios.
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Bolsonaro diz que estado de sítio foi estudado, mas nega golpe. O ex-presidente disse ontem que chegou a pensar em decretar estado de sítio no final do mandato, mas negou que tenha liderado a trama de um golpe de Estado. Disse ainda que nenhum crime "foi iniciado" e que, por isso, não se pode punir o que chamou de "crime de opinião". A fala foi na mesma linha de declaração do filho, Flávio Bolsonaro, que disse na semana passada que "pensar em matar alguém não é crime". Bolsonaro disse ainda que sabe que pode ser preso "a qualquer momento" e negou conhecer ou ter discutido planos que envolveriam prender ou matar Lula, Alckmin e Moraes. Veja o que mais ele falou.

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