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Carolina Juliano |
Provas colocam ex-presidente no centro a trama golpista. O relatório da Polícia Federal sobre a investigação da tentativa de golpe de Estado afirma que Jair Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva" em várias frentes. O documento também diz que o ex-presidente tinha conhecimento do plano para assassinar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o golpe só não ocorreu por fatos "alheios à vontade" do ex-presidente. A investigação elenca oito episódios para apontar o papel de Bolsonaro na tentativa golpista que só não se consolidou, segundo a PF, por causa da negativa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica na época. Além disso, a maioria do Alto Comando do Exército não teria aderido ao golpe. Após o indiciamento, Bolsonaro negou os crimes e disse que não se pode punir o que chamou de "crime de opinião", ao tratar do plano de assassinato de Lula. Leia a íntegra do relatório. PF suspeita que Mauro Cid vazou delação a Braga Netto. Documentos encontrados pela Polícia Federal na mesa do coronel Flávio Peregrino, braço direito de Braga Netto, descrevia perguntas e respostas relacionadas ao acordo de delação premiada. O texto não tem assinatura, mas as respostas dadas na primeira pessoa do singular fizeram os investigadores suspeitarem que foram redigidas por Cid. O relatório da PF acrescenta que o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro é suspeito de blindar Braga Netto. O documento tem um tópico chamado de "outras informações" no qual o general é apresentado como um democrata. Outro general citado é Mario Fernandes. O texto diz: "Perguntaram muito do gen Mario". O militar é suspeito de liderar o grupo de oficiais do Exército que planejou os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Leia trechos do texto. |
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