Citando declarações que o ex-presidente deu ao UOL, Alexandre de Moraes negou o pedido de Bolsonaro de ir à posse de Trump. Na entrevista e em outras ocasiões, o líder de extrema direita não descartou buscar refúgio em outro país. Leonardo Sakamoto avalia que Bolsonaro apostou em um jogo em que qualquer solução o beneficia. "Se a resposta fosse um improvável sim, ele teria a chance de ir ao regabofe com a extrema direita global e, quem sabe, fugir de uma provável condenação no Brasil. Se fosse um não, como de fato ocorreu, poderia apelar ao vitimismo para tachar de perseguição o seu indiciamento por tentativa de golpe de Estado, como está fazendo", escreve. Apesar dessa vantagem momentânea, convém atentar para o diagnóstico de Josias de Souza, que vê na decisão do ministro (e no parecer também contrário emitido pela PGR) um prenúncio de condenação: "O que o magistrado e procurador-geral disseram, com outras palavras, é que não convém fornecer material para a fuga de um ex-presidente da República que frequenta o inquérito do golpe como uma condenação criminal esperando na fila para acontecer. Bolsonaro pode dispensar o Viagra, como disse ao The New York Times. Mas talvez precise buscar a receita de um bom calmante". |
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