As tarifas impostas pelos EUA ao aço, como se sabe, representam uma ameaça ao setor siderúrgico brasileiro. Num primeiro momento, é um baque sobre uma indústria que já vem sofrendo pressão há anos. Rosana Santos, porém, vê no obstáculo uma oportunidade para o Brasil se reposicionar, se conseguir mobilizar seu capital ambiental. Para a colunista de Ecoa, o país "tem na natureza seu maior e mais potente diferencial de mercado: recursos energéticos renováveis abundantes e de altíssima qualidade, minérios, água, uma infraestrutura que inclui um setor financeiro robusto, universidades e centros de pesquisa bem estruturados, além de um sistema elétrico, portuário e rodoviário abrangente. Sem esquecer que o Brasil é reconhecido mundialmente pela diplomacia da paz". Não é uma análise ingênua, e a executiva aponta com precisão os obstáculos e os caminhos possíveis. Vale muito a leitura na íntegra. Análise de Ian Bremmer, na Folha, ajuda a contextualizar o argumento. Para o presidente do Eurasia Group, "Trump não conseguiu acabar com a transição verde durante seu primeiro mandato, e também não conseguirá desta vez. O motivo é simples: Avanços tecnológicos, curvas de aprendizado íngremes e custos em queda livre tornaram as fontes de energia limpa mais baratas do que os combustíveis fósseis na maioria dos lugares". Essa também é para ler do começo ao fim. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário