Três operações contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), desencadeadas por PF, MP-SP e Receita Federal, mostraram as conexões da facção com empresas suspeitas de lavar dinheiro do crime organizado. A PF bloqueou R$ 1,2 bilhão de 41 pessoas e 251 empresas. A Receita relatou que o PCC usou mais de mil postos de combustíveis para movimentar R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. A facção se valia de fintechs, que operavam como bancos, e de pelo menos 40 fundos de investimentos para ocultar patrimônio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o fato de as operações terem alcançado o que chamou de "andar de cima" do crime organizado. E o Painel da Folha de S.Paulo apurou que as operações viraram um cabo de guerra entre o governo federal de Lula (PT) e o governo paulista de Tarcísio de Freitas (Republicanos), prováveis rivais na campanha presidencial de 2026, sobre a paternidade da operação. Para o colunista Josias de Souza, essa briga apequena o grande feito do dia. Noves fora isso, ele enaltece a ação conjunta entre autoridades rivais e disse que, se houver "colaboração republicana", talvez os governantes passem a ter aparatos tão organizados quanto os do crime. Já o jurista Wálter Maierovitch alerta que o Brasil está pelo menos 20 anos atrasado no combate ao crime organizado. Maierovitch cita como bom exemplo a ação das autoridades italianas contra a máfia. E Leonardo Sakamoto ironiza o fato de muitos endereços suspeitos de lavagem de dinheiro estarem na Faria Lima, quartel-general do mercado financeiro em São Paulo. Depois da megaoperação, questiona-se Sakamoto, o crime vai passar a usar os coletinhos característicos dos farialimers? Painel: Operação contra PCC vira cabo de guerra entre gestões Lula e Tarcísio Josias de Souza: Tarcísio e ministros de Lula apequenam o cerco ao PCC Josias de Souza: Cerco ao PCC revela o poder da ação sobre a empulhação estatal Wálter Maierovitch: 'Estamos atrasados no combate ao PCC; Itália o fez há 20 anos' Leonardo Sakamoto: Após megaoperação revelar PCC na Faria Lima, o crime vai usar coletinho? Raquel Landim: Operação tem fôlego para pegar sonegador ainda maior na área de combustível |
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