quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Braço de ferro político: governo Lula garante presidência da CPI do Crime

 

Os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Alessandro Vieira (MDB-SE), presidente e relator da CPI do Crime Organizado, conversam com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo

Os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Alessandro Vieira (MDB-SE), presidente e relator da CPI do Crime Organizado, conversam com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo

Andressa Anholete/Agência Senado


Roger Modkovski

Uma semana após a morte de 121 pessoas na operação policial na Penha e no Alemão, no Rio, a segurança pública e o crime organizado continuam no centro da pauta política nacional.

Nesta terça (4), o governo Lula conseguiu emplacar o senador Fabiano Contarato (PT-ES) na presidência da CPI do Crime Organizado no Senado —o que pode, em tese, aliviar um pouco o desgaste a que a oposição quer expor o Planalto com a comissão.

 

A CPI já aprovou convites para ministros de Lula e 11 governadores —inclusive Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ), oposicionistas que governam os estados de origem das principais facções criminosas do país.

A colunista Carla Jimenez ressalta que o Senado, apesar de ter instaurado a CPI, é considerado um cemitério das pautas de segurança, por ignorar projetos sobre o tema vindos da Câmara dos Deputados.

 

Leonardo Sakamoto insiste no óbvio: enquanto a barbárie não for institucionalizada no país, o governo do Rio precisa provar que a operação de semana passada não matou inocentes. Afinal, lembra o jurista Wálter Maierovitch, ter antecedentes criminais não é justificativa para matar ninguém.

Já o comentarista Reinaldo Azevedo alerta sobre o risco de defender a classificação do narcotráfico como "terrorismo", o que, segundo ele, seria uma temerária tentativa de subordinar o Brasil aos interesses dos EUA.

Carla Jimenez: Senado quer CPI do Crime, mas é visto como cemitério de pautas de segurança

Leonardo Sakamoto: Governo do Rio ainda precisa provar que polícia não matou inocentes

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Wálter Maierovitch: Antecedente criminal não é justificativa para matar, como diz Castro

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