quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Prisão de militares é marco da democracia. E a direita pós-Bolsonaro?

 

Jair Bolsonaro e o general da reserva Augusto Heleno em fevereiro de 2020, quando o militar era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Nesta quarta, Heleno, preso por envolvimento na trama golpista, afirmou que tem a doença de Alzheimer desde 2018

Jair Bolsonaro e o general da reserva Augusto Heleno em fevereiro de 2020, quando o militar era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Nesta quarta, Heleno, preso por envolvimento na trama golpista, afirmou que tem a doença de Alzheimer desde 2018

Adriano Machado/Reuters


Roger Modkovski

A inédita prisão de militares envolvidos na trama golpista está sendo considerada um marco da consolidação do processo democrático brasileiro.

Para o colunista Josias de Souza, o encarceramento dos golpistas aproxima o país da plenitude democrática.

Já Carla Araújo apurou que a prisão foi precedida de conversa entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o comandante do Exército, para que não houvesse exposição dos apenados.

 

Com os generais estrelados presos, Carla Jimenez conta que agora cabe ao STM (Superior Tribunal Militar) julgá-los por crimes militares, o que deve acarretar a perda das suas patentes.

E a extrema direita?

 

E como fica a extrema direita brasileira depois da prisão de seu expoente máximo, o ex-presidente Jair Bolsonaro?

Na Folha de S.Paulo, a professora Maria Hermínia Tavares afirma que, embora Bolsonaro esteja acabado e tenha sido exposto ao ridículo com o episódio da tornozeleira chamuscada, seus substitutos estão longe de ser moderados. O populismo autoritário segue sendo uma demanda de parte do eleitorado brasileiros, e muitos políticos podem se ver tentados a abraçá-lo.

Já Josias de Souza lembra que, com Bolsonaro encarcerado e abandonado, a direita está impregnada do espírito do "cada um cuida de si", com governadores se candidatando a sucessores de Jair posando de moderados, mas sem abdicar do arcaísmo e do golpismo.

E Reinaldo Azevedo conta como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) considera que Bolsonaro preso é útil para suas ambições presidenciais.

 

Josias de Souza: Prisão de militares aproxima o país da plenitude democrática

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