segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Flávio Bolsonaro diz que pode desistir de candidatura, mas vai cobrar 'um preço'

 

Adriano Machado/Reuters



Carolina Juliano

Dois dias após o senador Flávio Bolsonaro anunciar que foi o escolhido do pai, Jair Bolsonaro, para ser o candidato do bolsonarismo à Presidência, ele admitiu ontem que pode desistir, mas que, para isso, haverá um "preço". "Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho preço para isso. Eu vou negociar", disse após participar de um culto evangélico em Brasília. Flávio não respondeu, no entanto, se o preço seria a aprovação da anistia a condenados por atos golpistas, e disse apenas que o tema está "quente", mas que só hoje falaria a respeito. O senador afirmou que vai se reunir com lideranças políticas incluindo nomes do centrão para debater a anistia. Na sexta-feira, Flávio anunciou ter sido escolhido pelo pai como seu candidato para disputar a Presidência da República nas eleições do ano que vem, com a "missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação". Saiba mais.

Datafolha aponta que só 8% acham que Bolsonaro deveria apoiar Flávio. Pesquisa divulgada ontem pelo instituto aponta que 22% dos eleitores brasileiros preferem que o candidato presidencial do bolsonarismo seja a ex-primeira-dama Michelle, e 20% defendem apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Apenas 8% disseram apoiar a indicação de Flávio Bolsonaro. No levantamento realizado em julho, 23% citavam Michelle como o nome que deveria ser indicado por Jair Bolsonaro. O índice foi agora para 22%, uma oscilação dentro da margem de erro de dois pontos. Tarcísio tinha 21% e oscilou para 20%. O governador Ratinho Jr. também variou, de 10% para 12%, enquanto o irmão de Flávio, o deputado Eduardo, foi de 11% para 9%. Veja os números.

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